Cidades

Prata da Casa: grupo de rap BesouroBass é símbolo de força e ritmo

Marcando presença em eventos e batalhas de rimas, artistas trazem em suas letras temas realistas, fraternos e poesias

Flávia Pacheco*
postado em 13/01/2017 11:15
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Usando rimas e poesias, eles escrevem músicas com inspiração no cotidiano, em familiares e amigos. Juntos desde 2012, o grupo de rap BesouroBass lançou o primeiro CD em 2014, chamado Noiz que voa, totalmente independente. O grupo começou apenas com Nenzin e Marinho. Quando viram que a parceria deu certo, decidiram chamar os demais integrantes, Antunez e Osik. O nome do grupo era o apelido de um deles. ;O Nenzin costumava me chamar de "besouro". Pesquisamos e vimos que o besouro rinoceronte é o bicho mais forte da natureza e decidimos que seria esse (o nome do grupo);, explica Marinho.

Mesmo antes da formação atual, os quatro já cantavam e estavam antenados no mundo do rap. ;Eu acompanhava o Marinho na igreja, que já tinha um grupo de rap gospel. Acabava ajudando na produção e tocando com eles, mas nunca cantando;, conta Antunez. A ideia de formarem uma banda era antiga. A conversa sempre surgia quando eles se juntavam, com exceção de Osik, que foi se aprimorando aos poucos no mundo artístico.

A primeira apresentação não foi das melhores. ;Nosso som queimou. Foi triste. Mas na segunda vez, já com o grupo totalmente formado, em Valparaíso, deu tudo certo", afirmou o jovem.

Vontade de fazer música

Todos os integrantes do grupo tem graduação, cada qual com sua profissão, já que o sonho de sobreviver da música ainda é um grande obstáculo para eles. ;Trabalhamos para chegar nesse nível, trocar o hobby por profissão;, fala Antunez. Marinho quer inclusive se aperfeiçoar no freestyle - subgênero do rap, caracterizado por letras improvisadas sobre uma base rítmica. "Rap é minha vida. É algo que encontrei e amo muito fazer. seja escrevendo ou no improviso;, conta.

A BesouroBass já passou pelo Rio de Janeiro, Goiás e Belo Horizonte: as apresentações quase nunca têm cachê

Espaço

A BesouroBass já passou pelo Rio de Janeiro, Goiás e Belo Horizonte. Nas apresentações, quase nunca ganham cachê. ;No caso do Rio de Janeiro, fomos convidados para cantar lá no Engenhão, porque temos uma música em homenagem para o Botafogo. A ida e a volta eram por nossa conta, mas a estadia já tínhamos;, explica Antunez. Eles reclamam da dificuldade para encontrar espaço no meio artístico da capital, principalmente por conta do gênero musical que adotaram. ;Quem vem de fora é bem tratado, bem pago. Os artistas daqui são esquecidos e não são bem pagos. Muitos esquecem que os músicos e os artistas também comem e pagam contas;, desabafa Marinho.

A falta de reconhecimento é a principal queixa: ;Muitos grupos daqui são tão talentosos quanto grupos famosos;, disse Osik. Mas, mesmo com tantos obstáculos, eles trabalham para ampliar experiências, resultados e conteúdos.

Letras profundas

A inspiração para escrever as canções é pessoal, segundo eles. Para o Antunez é o cotidiano. ;Tento passar o que realmente eu vejo, me indigna e me deixa feliz;, disse. Para Nenzin, ;envolve muito a família e as pessoas ao meu redor;. ;Depende do humor também, ou com um tema já pré-estabelecido; diz Marinho. ;Escrevo a minha realidade. Quando tento escrever algo que não sinto, não sai tão real. Prefiro que saia algo puro, intenso e sincero;, conclui Osik.

Conheça o BesouroBass
Instagram: @besourbass061
Facebook: https://www.facebook.com/BesouroBass/

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