Cidades

DF intensifica campanha de imunização contra a febre amarela

A doença matou 38 pessoas em Minas Gerais nas últimas semanas. No ano passado, houve queda na imunização na capital, mesmo período em que oito macacos morreram após contaminação

Otávio Augusto
postado em 16/01/2017 06:00

Assustado com o surto em MG, o servidor público Leonardo Rosa procurou imunização na última sexta

Casos suspeitos de febre amarela em Minas Gerais deixaram em alerta autoridades sanitárias da capital federal e de Goiás. O receio de um pico da doença fez com que a Secretaria de Saúde do DF chamasse a atenção para a imunização ; 2016 teve um dos índices mais baixos de adesão dos últimos seis anos: 81,9% da população, segundo dados preliminares. No ano anterior, o índice foi de 91,7%. Em 2015, houve, pela primeira vez, aumento do mal no DF desde o surto de 2007 (leia Memória). Ocorreram 38 notificações. No ano passado, foram registradas 24. Apesar de não haver um grande volume de doentes, o vírus está em circulação do DF. No ano passado, a Secretaria de Saúde recolheu pelo menos oito macacos mortos com a doença. Os óbitos aconteceram no Jardim Botânico, no Lago Sul e na Candangolândia.

Nos últimos 10 anos, 245 pessoas tiveram febre amarela no DF ; recuo de 8,5% em relação à década anterior, quando ocorreram 268 infecções. No mesmo recorte de tempo, a vacina ficou mais popular. Cerca de 2,4 milhões de habitantes receberam doses do imunobiológico entre 1997 e 2006. O número subiu para 2,8 milhões entre 2007 e 2016. Alta de 15%. A vacina está disponível, segundo a Secretaria de Saúde, em todas as salas de imunização. Em 2016, foram enviadas 286 mil doses para o DF e 787 mil, para Goiás. A primeira imunização ocorre aos 9 meses de idade. Depois, os reforços são a cada 10 anos (veja Tira-dúvidas).

A febre amarela é passada ao homem por mosquitos, inclusive o Aedes aegypti, o mesmo transmissor de dengue, zika e chicungunha, em áreas urbanas ou silvestres. O servidor público Leonardo Rosa, 31 anos, tomou a vacina na sexta-feira. Ele se recorda das últimas epidemias em 2000 e em 2007 e, para evitar transtornos, decidiu se imunizar. ;É uma doença séria. Estou acompanhando os casos em Minas Gerais e não param de crescer.; O morador da Asa Sul sabe do que está falando. Chegou a 133 o número de infectados e houve 38 mortes em Minas Gerais. Os doentes mais que dobraram em sete dias. Em 152 municípios, foi decretada situação de emergência.


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