Cidades

MP ajuíza ação por vazamentos de óleo do Hran no Lago Paranoá

Promotoria exige indenização e troca das caldeiras do hospital. Os vazamentos aconteceram em 2012 e 2013

postado em 17/01/2017 20:11
O óleo combustível caiu na rede de águas pluviais e foi levado diretamente ao Lago Paranoá
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizou uma ação civil pública contra o GDF pedindo indenização por danos materiais e morais coletivos causados ao meio ambiente, no valor de R$ 5 milhões por conta do vazamento de óleo do Hospital Regional da Asa Norte no Lago Paranoá. A empresa Técnica Construção, Comércio e Indústria Ltda também é citada no processo. Ela terá que trocar as caldeiras sem paralisar as atividades hospitalares, sob multa de R$ 10 mil por dia de descumprimento.




[SAIBAMAIS]A ação foi ajuizada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema). Os vazamentos de óleo combustível ocorreram em 2012 e em 2013. O produto químico caiu na rede de águas pluviais e desaguou no Lago Paranoá, causando a morte de peixes e aves e descontrolando o ecossistema local.

O problema no funcionamento das caldeiras já havia sido sinalizado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

Crise Hídrica

O derramamento também tem impacto na crise hídrica da capital. Isso porque uma das alternativas para driblar a falta d;água é a instalação do Sistema Produtor de Água do Paranoá, prevista para 2018. A obra deve abastecer aproximadamente 600 mil pessoas nas regiões de Sobradinho I e II, Planaltina, Itapoã, São Sebastião, Lago Norte e condomínios da região norte. Segundo o documento da Prodema, no entanto, o problema evidencia ;a necessidade de maior controle da água a fim de garantir o abastecimento de qualidade pra as presentes e futuras gerações;.

Mancha preta

Entre 16 e 17 de 2012, uma mancha preta tomou conta do Lago Paranoá. A espessa camada de gordura deixou diversos animais mortos, prejudicando trabalhadores que vivem da pesca no local. Quem estava com os barcos ancorados no fim de semana também foi prejudicado.

A falha voltou a ocorrer na tarde de 16 de outubro de 2013. Mas apenas na manhã do dia seguinte o Corpo de Bombeiros tomou conhecimento do vazamento. Com barreiras de contenção de 15 metros para reter o produto químico, a corporação conseguiu conter a mancha que já chegava aos 3km de extensão.

Com informações do MPDFT.


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