O novo aterro sanitário do Distrito Federal, localizado em Samambaia, continua a causar desentendimento entre o governo local e os catadores do Lixão da Estrutural. De um lado, manifestantes contrários à inauguração têm medo de perder o emprego com a desativação do Lixão. Do outro, autoridades acreditam que o encerramento não é apenas um avanço ambiental, mas também social. A construção do espaço começou na antiga gestão e o encerramento das atividades na Estrutural deve ocorrer em até 18 meses.
O catador Alex Santos, 31 anos, não acredita que o modelo proposto pelo governo com o aterro de Samambaia, inaugurado ontem, possa melhorar as condições das famílias que vivem do Lixão. Ele começou a trabalhar no local quando tinha 15 anos e hoje sustenta as três filhas com o dinheiro que consegue dia a dia. ;Tem muita gente sofrendo que nem eu. Vão tirar o nosso sustento, então como vai pode ser melhor?;, indaga.
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Para o também catador Rondineli Alves dos Santos, 34, a questão é que muitas pessoas ainda estão desconfiadas com o que vai ocorrer daqui para frente. O dinheiro que ele ganha ajuda a sustentar a casa, onde mora com os três filhos e a mulher, que trabalha como faxineira. ;Agora, é esperar e ver o que vai dar. Está todo mundo desacreditado. Eles falaram que vão dar R$ 300 (para compensar possíveis perdas), mas não pegamos nenhum papel para indicar que vamos receber mesmo. Essa é a fala deles;, afirma.
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