Pedro Grigori - Especial para o Correio, Walder Galvão*
postado em 19/01/2017 06:00
O terceiro dia de racionamento no Distrito Federal atingiu ontem mais de 130 mil pessoas na Região Administrativa do Gama. No comércio e dentro de casa, o brasiliense começa a se adaptar à nova realidade, que, segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), não tem previsão para acabar. Em contrapartida, especialistas alertam que a medida deve ser apenas emergencial e imediata, e que, para resolver definitivamente o problema hídrico da capital, a melhor alternativa é apostar numa mudança na gestão da água.
E é isso que o aposentado Joaquim Perpétuo de Souza, 83 anos, tem feito. Nascido em Minas Gerais, o pioneiro chegou ao Gana em 1967 e conta que, na época, teve problemas com o abastecimento. ;Naquele tempo, conseguir água era um desafio. Ela só era distribuída à noite e nós sempre dávamos um jeito para fazer o líquido durar. Passando por isso, eu aprendi a valorizar e poupar;, ensina.
Na manhã de ontem, a distribuição na casa de Joaquim foi cortada. No entanto, o aposentado já sabia como agir. Ele reuniu mais de 600 litros de água da chuva para utilizar na descarga dos vasos sanitários, na limpeza da casa e dos carros. ;Instalei um sistema diretamente na calha do telhado. Ele desvia a água para um reservatório de 500 litros e, a partir dele, eu armazeno em outros;, relata. O aposentado mora com seis pessoas e afirma que todos estão alertas quanto ao desperdício. ;Um dia antes do racionamento, lavamos todas as louças e roupas. Deixamos tudo preparado para que o que está armazenado na caixa-d;água dure por esse período;, explica.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique