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Brasiliense encontra alternativas para economizar água durante racionamento

Ao fim da primeira semana de racionamento, brasiliense não só aprendeu a se virar sem o abastecimento, como encontrou alternativas para economizar. Para a Caesb, o saldo foi positivo, mas ainda não há previsão para o fim do rodízio

postado em 21/01/2017 06:00
Na academia de Hugo Alves, a direção fez um apelo para os alunos levarem a própria água

Baldes cheios e filas para comprar reservatórios marcaram a primeira semana de racionamento de água da história do Distrito Federal. Hoje, Taguatinga Norte, Concessionárias e a região alta de Águas Claras terão o abastecimento interrompido, encerrando a primeira etapa do rodízio de água. A partir de amanhã, o esquema recomeça e, enquanto a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) não oferece previsão para o fim do racionamento, o brasiliense se vê obrigado a se adaptar, mudando hábitos e cortando gastos. O saldo tem sido positivo. Mesmo chovendo a metade do esperado para o período, em seis dias, o Reservatório do Descoberto subiu 0,87%.

[SAIBAMAIS]Preocupado com o desabastecimento, o brasiliense usou tudo o que tinha em casa para captar água. Moradora do Recanto das Emas, a diarista Iris Cardoso, 39 anos, acordou preocupada na última segunda-feira. Por não ter uma caixa d;água na residência, mandou os três filhos para a casa de parentes e um dia antes encheu o filtro de barro e todos os baldes que tinha no quintal. Mas aí veio a surpresa:;Não usei metade do que guardei;, conta, rindo. O único gasto da diarista foi com as descargas e o consumo diário. ;Agora, aprendi. Durante a semana, enchi os baldes com a água da chuva e vou usá-la para regar minhas plantas e lavar o quintal. Para dentro de casa, vou lavar louças e roupas antes da interrupção e, no dia, guardo água apenas para beber e tomar banho;, relata.

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Na última quinta-feira, um dia antes da interrupção do abastecimento no Guará II, o clima da cidade também era de precaução. Quem não tinha reservatório suou para conseguir comprar um simples balde. A jornalista Mayara Dias, 22, viveu uma verdadeira aventura para colocar as mãos no objeto. Logo após o almoço, saiu de casa, visitou lojas, supermercados e feiras, e só no meio da tarde encontrou um recipiente de 65 litros. ;Entrei em uma conveniência e me avisaram que os produtos chegariam em 15 minutos. Nesse eio tempo, outras ito pessoas se aglomeraram, ansiosos, como se estivessem esperando a chegada de alguma celebridade. Quando uma caminhonete parou com os baldes na traseira, todos correram e, em questão de minutos, todos haviam sendo vendidos;, relembra. O recipiente custou R$ 35 e, mesmo achando caro, a jornalista comprou em pensar duas vezes. ;Estava com muito medo de ficar sem água. E era um sentimento geral, pois na volta ara casa várias pessoas me pararam perguntando onde eu havia encontrado o tão disputado balde.;

O aposentado Pedro Nolasco deu o bom exemplo e lavou o carro usando um pano úmido

A equipe do Correio flagrou o aposentado Pedro Nolasco, 62, lavando o carro na frente de casa, no Núcleo Bandeirante, um dia após o racionamento na cidade. Mas o aposentado mandou bem. Em vez de gastar litros de água, usou apenas um pano úmido, o que fez a atividade ser bem mais econômica. ;Moro com quatro pessoas e sempre tivemos consciência da situação hídrica do DF. Tinha que lavar o carro, mas, devido ao racionamento, estou apenas molhando o pano em uma bacia. Assim gasto menos água e ainda poupo na conta.;

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