Cidades

Farmacêuticos superam desafios e se formam depois dos 50 anos

Eles trabalhavam na área havia anos, mas isso não impediu que, depois dos 50, voltassem aos bancos universitários em busca de especialização

Isa Stacciarini
postado em 24/01/2017 06:00

Ageu Pereira, Moisés Lopes, Fátima Leão e Benjamin dos Santos: apoio da família e confiança total dos clientes

O amor pela profissão levou um grupo de quatro pessoas a buscar um caminho mais difícil: retomar os estudos, entrar na universidade e se formar no curso de farmácia depois dos 50 anos. O resultado foi além do diploma e se transformou em conquista e realização pessoal. Donos de farmácias, Benjamim Rodrigues dos Santos, 65 anos, Moisés da Conceição Lopes, 63, Ageu de Assis Pereira, 61, e Fátima Leão dominavam a prática havia anos, mas queriam ir além. Faltava conhecimento técnico. Encorajados, correram atrás da especialização. Há nove anos, além de empresários, tornaram-se profissionais de saúde diplomados. E o reconhecimento chegou anos após a conclusão do curso. Com outros cinco profissionais, serão os primeiros a receber o Selo de Assistência Farmacêutica do Distrito Federal (SAF).

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Além de compartilharem o mesmo ofício, o grupo tem outra trajetória comum: todos se formaram juntos. Os três homens eram da mesma turma e se ajudaram ao longo do curso, inclusive com aulas particulares. Fátima estudava de manhã, mas vestiu a beca com eles. Entre as recordações, estão os momentos em que dividiam o tempo entre o trabalho, os estudos e a família.

Desde a qualificação, os farmacêuticos colecionam histórias de ajuda aos clientes, que os procuram em busca de orientação. Para eles, a experiência, atrelada à idade, transmite mais firmeza e segurança para quem chega às farmácias. Não é raro pacientes com receitas médicas confirmarem os medicamentos com os farmacêuticos. Eles tiram dúvidas, questionam os efeitos, pedem indicação de similares e compartilham inseguranças. Moisés chegou até a ligar para um dos médicos. ;Telefonei para ele e acabou que a receita foi modificada. Muitos clientes saem do médico e recorrem ao farmacêutico para saber se realmente o remédio vai resolver;, conta.

Farmacêutico e empresário, Moisés trabalha no setor desde jovem, quando servia ao Exército Brasileiro. De funcionário, virou chefe. Ele teve três estabelecimentos em Ceilândia. Depois, mudou-se para Taguatinga e, desde 1991, mantém a Drogaria Nacional, em Samambaia. ;É uma paixão. Mexendo com medicamentos, eu me interessei e decidi fazer o curso;, lembra Moisés, que pegou o diploma aos 54 anos.

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