Cidades

Comerciantes lamentam destruição de lojas após incêndio: "Queimou tudo"

Um deles, José Eudes, calcula um prejuízo de ao menos R$ 300 mil com a perda das duas lojas que tinha no galpão da Feira dos Goianos. Incêndio durante a madrugada destruiu ao menos 12 lojas

Jacqueline Saraiva, Danilo Queiroz - Especial para o Correio
postado em 24/01/2017 11:06
José Eudes aguarda a liberação do local para calcular prejuízoEm frente ao galpão , dezenas de comerciantes e funcionários observavam o trabalho do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil sem saber ao certo quando poderão retomar o trabalho. No local, que permanece interditado ao menos até esta quarta-feira (25/1), o cenário era de tristeza, com dezenas de roupas, calçados e outros produtos destruídos e espalhados pelo chão.

Um dos comerciantes mais prejudicados, José Eudes, lamentou a perda das duas lojas que mantinha na feira, uma de frente para a outra. "Queimou tudo", relatou ao Correio ao estimar um prejuízo de ao menos R$ 300 mil. Ele comentou que perdeu principalmente muitas calças jeans, pois deixou todo o estoque no galpão. O comerciante acompanhou o trabalho do Corpo de Bombeiros desde as 3h. "Agora é só esperar. A perícia está aí e vai dar um diagnóstico completo", afirmou.

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[SAIBAMAIS]Geralda Fernandes, 52 anos, também aguardava alguma notícia sobre a banquinha de conserto de roupas que mantém no galpão. "A gente tá aqui vendo se consegue trabalhar". Ela também falou da tristeza que é para muitos comerciantes que perderam seus negócios por conta do incêndio. "Cheguei aqui e me deparei com essa cena triste".
Comerciantes retiram produtos de lojas que não foram atingidas pelo incêndio
Thiago Barbosa, 18 anos, que trabalha em uma pastelaria, que existia há cerca de oito anos no local, está preocupado com os produtos perecíveis. O comércio dele não foi atingido pelo fogo, mas por conta do desligamento da energia elétrica, para o trabalho do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, os refrigeradores estão desligados. "Na pastelaria não atingiu nada. O problema são as coisas que eu deixei, como queijo, massa de pastel, carne, que a gente trouxe esses dias", lamenta. Ele conta que só chegou à feira nesta manhã, depois que foi avisado sobre o incidente. "Quando a gente chegou já tinha praticamente apagado tudo".
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Entenda

O fogo consumiu o galpão de número 19 e, de acordo com os bombeiros, destruiu ao menos 12 lojas do complexo comercial localizado na QI 13 da Avenida Hélio Prates, em Taguatinga, durante a madrugada desta terça-feira (24/1). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo começou por volta das 2h. A primeira viatura chegou ao local poucos minutos após o incidente, mas as chamas só foram controladas duas horas depois.

Foram deslocados 53 homens da corporação, com 6 viaturas de água e 8 de apoio. Os bombeiros precisaram arrombar uma das portas para conseguir acesso ao local, que contém muitos materiais de fácil combustão, o que facilitou a rápida propagação das chamas. Duas faixas da Hélio Prates, avenida de grande movimentação em Taguatinga, foram interditadas.

Perícia

A Defesa Civil avaliou que a área permanecerá interditada ao menos até o final da tarde desta terça-feira (24/1) ou início da manhã de quarta-feira (25/1). De acordo com o coronel Sérgio, subsecretário da Defesa Civil, algumas partes metálicas foram comprometidas pelo fogo e devem ser escoradas. Ele afirma que a Defesa Civil vai aguardar a perícia do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil para depois permitir que os funcionários dos comércios entrem e retirem os pertences mais valiosos. "Agora o trabalho é mais de observação do comportamento da estrutura depois da ação do fogo. Esperamos que até o final da tarde ou início de amanhã tudo já tenha voltado à normalidade". Ele afirma que o isolamento da área é necessário para a retirada de algumas estruturas, escoramento de outras e também para a recuperação da parte elétrica e hidráulica. "isso vai demandar algum tempo", diz.

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