Cidades

DF notificou três casos suspeitos de febre amarela em 2017

Na última quinta-feira, a Secretaria de Saúde confirmou a primeira morte pela doença na cidade

Otávio Augusto
postado em 25/01/2017 11:22

Técnicos da Secretaria de Saúde confirmam a doença somente por diagnóstico clínico do Laboratório Central (Lacen). A pasta não divulga detalhes sobre os pacientes

Desde o início do surto de febre amarela, no leste de Minas Gerais, a capital federal já notificou três casos suspeitos em 2017, segundo fontes do Ministério da Saúde. Nenhum deles, no entanto, se confirmou. Os registros são da última semana.

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Técnicos da Secretaria de Saúde confirmam a doença somente por diagnóstico clínico do Laboratório Central (Lacen). A pasta não divulga detalhes sobre os pacientes.

O principal trabalho é de investigação e prevenção de novas contaminações. Após a suspeita, agentes epidemiológicos investigam se o paciente viajou para zonas de risco, se frequenta áreas rurais ou de mata e com quem ele teve contato.

Na última quinta-feira (19), a Secretaria de Saúde confirmou a morte de um pedreiro de 40 anos vítima de febre amarela. Ele teria chegado ao DF três dias antes. Oriundo do município mineiro de Januária, homem teria vindo visitar um irmão que mora em São Sebastião. A pasta garante que a contaminação ocorreu em Minas Gerais.

Em 2016, foram confirmados sete casos da doença, nos estados de Goiás (3), São Paulo (2) e Amazonas (2), sendo que cinco deles evoluíram para óbito.

Panorama nacional

O Ministério da Saúde registrou 438 casos suspeitos de febre amarela, sendo 89 mortes, segundo boletim desta quarta-feira (25). Dese total, 364 permanecem em investigação, 70 foram confirmados e quatro descartados. Das 89 mortes notificadas, 40 foram confirmadas e 49 permanecem em investigação.

A situação mais crítica é em Minas Gerais com 404 casos suspeitos em 40 municípios. Do total de 66 casos confirmados, 37 evoluíram para óbitos. Outras 47 mortes continuam em investigação.

O Espírito Santo notificou 22 casos em 14 municípios, sendo dois óbitos. Dos 22 registros, apenas um caso foi confirmado, que não evoluiu para óbito. Os outros 21 permanecem em investigação.

A mais recente unidade da federação que entrou na lista do Ministério da Saúde é a Bahia. Lá, foram notificados sete casos de febre amarela, sendo que seis permanecem em investigação e um foi descartado. Não há registro de mortes. Os casos ocorreram em três municípios.

O estado de São Paulo confirmou três mortes por febre amarela, em três municípios paulistas. Ao todo, são 13 casos são investigados.

Investigações

Várias linhas de pesquisa estudam a provável origem do surto de febre amarela em 2017. Um corrente de especialistas defende que o desastre ecológico provocado pelo rompimento da Barragem de Fundão, no município mineiro de Mariana, em novembro de 2015, pode ter relação com a explosão de casos.

O Ministério da Saúde nega. Em informe, divulgado nesta quarta-feira (19), a pasta ressaltou que acompanha todos os estudos e avaliações em andamento que analisam o surto de febre amarela. "Até o momento, não há nenhuma evidência que associe o acidente de Mariana (MG) com os casos de febre amarela no estado de Minas Gerais", destaca trecho do texto.

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