Fernando Jordão - Especial para o Correio
postado em 26/01/2017 23:16
Nos tempos atuais, em que as relações humanas parecem estar cada vez mais frias, algumas histórias mostram que o amor e a preocupação com o próximo ainda existem. Um desses episódios aconteceu esta semana. Um cobrador de ônibus que mora em Padre Bernardo, município goiano no Entorno do Distrito Federal, resgatou uma cadelinha perdida e conseguiu devolvê-la à sua dona, uma moradora de Taguatinga.
Alex Rodrigues, 25 anos, conta que estava trabalhando quando avistou a cadela ; de nome Mel ;, na Avenida Samdu, em Taguatinga. 
Ele, então, pediu um pouco de paciência aos passageiros e desceu para pegar o animal. "Estava chovendo muito e ela parecia perdida, correndo risco de ser atropelada no meio da pista", afirma. "Entrei no ônibus, botei ela no banco ao meu lado, enxuguei com um jornal e, depois, uma passageira me deu uma blusa para enrolá-la", completa.
Ele, então, pediu um pouco de paciência aos passageiros e desceu para pegar o animal. "Estava chovendo muito e ela parecia perdida, correndo risco de ser atropelada no meio da pista", afirma. "Entrei no ônibus, botei ela no banco ao meu lado, enxuguei com um jornal e, depois, uma passageira me deu uma blusa para enrolá-la", completa.Após cumprir sua jornada de trabalho na companhia de Mel, Alex levou o animalzinho para casa e passou a procurar por sua dona na internet. "Como vi que ela era de raça e bem cuidada, pensei: alguém vai publicar nas redes sociais procurando por ela. Olhei no Facebook e não encontrei nada. Até que comentei com meu vizinho e a cunhada da mulher dele tinha visto um cartaz em um petshop. Ele me mostrou e eu entrei em contato para marcar um encontro com a dona", conta.
O reencontro
A tutora de Mel é a funcionária pública Renata Lima, que destaca a enorme coincidência do salvador de sua melhor amiga: "é aquele tipo de coisa que acontece porque tem que acontecer". Ainda segundo ela, no primeiro contato telefônico, Alex enfatizou que gostaria de entregar a cadela para o verdadeiro dono. Por isso, decidiu fazer um teste. "Ele me disse que ela tinha alguma coisa na barriga e perguntou o que era. Então eu respondi: ;uma hérnia;", lembra.
Até encontrar de fato seu animal de estimação, Renata, que há dois anos já havia perdido outro cão, preferiu não criar muitas expectativas. "Como nunca consegui encontrar a outra, dessa vez fiquei mais sem esperança. As pessoas estavam me dando muita força, mas cheguei a pensar em nunca mais ter um cachorro", relata.
O reencontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (26/1), no terminal rodoviário de Brazlândia, onde Alex trabalha. "Chorei igual criança. Foi meu momento piegas do dia", brinca Renata. O rapaz também se emocionou. "Me senti muito bem", define. Quem não gostou muito foram os dois filhos do cobrador que, de acordo com ele, "choraram demais" ao se despedir da cadela, após dois dias de convívio. "Agora vou ter que dar um jeito de arrumar outro para eles", finaliza Alex aos risos.