postado em 28/01/2017 16:35
As passagens de ônibus e metrô ficaram mais caras neste sábado (28/1). O aumento de até 25% estava suspenso por um decreto da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), mas foi derrubado por uma decisão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), na última terça-feira (24).
Apesar das reclamações generalizadas dos passageiros, não foram registrados protestos e o clima foi de aparente tranquilidade em todas as regiões do Distrito Federal.
[SAIBAMAIS]Os novos valores foram atualizados de R$ 2,25 para R$ 2,50 nas linhas circulares e as que alimentam o BRT; de R$ 3 para R$ 3,50, nas linhas de curta distância; e de R$ 4 para R$ 5, nos ônibus que percorrem distâncias maiores e metrô.
O governo defende que o aumento é necessário para cobrir os gastos do GDF com o transporte público, que passou 10 anos com o preço congelado, no DF. O secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno, alega que o governo acumulou dívidas nesse período e que o aumento do preço no diesel e aumento de salários dos funcionários das empresas agravaram o endividamento. De acordo com dados do órgão, 33% dos passageiros do DF utilizam o passe livre.
Cobrador de uma linha que faz o trajeto de São Sebastião para a Rodoviária do Plano Piloto, Madson Galvão diz que os passageiros reclamaram muito do aumento e considera injusto o reajuste. ;Eu acho que a população não merecia isso. Eles andam num ônibus que está sempre lotado, não tem ar-condicionado, não tem conforto;, critica.
Gláucia Dias, 33 anos, autônoma e mãe de um bebê de dois meses, diz que um real a mais em cada passagem pesa muito para o bolso no fim do mês. ;Eu trabalho por conta própria, não tenho vale-transporte, passe-livre, nada. Tenho que tirar o dinheiro do meu próprio bolso;, diz Gláucia, usuária do BRT, que liga o Gama e Santa Maria ao centro de Brasília.