Cidades

Hatha yoga, tai chi chuan e reiki são técnicas alternativas de tratamento

Elas complementam tratamentos no combate à dor e na promoção do bem-estar do paciente

postado em 29/01/2017 08:01
Aristein Woo coordena a prática de tai chi chuan no PIS e resume a prática em dois conceitos: equilíbrio e flexibilidade
Aos poucos, Brasília tem se tornado a capital das terapias alternativas. Experiências bem-sucedidas de técnicas orientais relacionadas à prevenção de doenças e à promoção e à recuperação da saúde transformam a cidade em um exemplo para a execução da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS). Há mais de 30 anos oferecendo essas atividades para o tratamento de enfermidades, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal conta, hoje, com 14 procedimentos curativos em 277 postos de serviços.

Não é à toa que Brasília é modelo para o Ministério da Saúde. Por meio da Portaria n; 145, de janeiro deste ano, o ministério incluiu os serviços oferecidos na capital no restante do país. Uma das técnicas usadas no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), as sessões de reiki, por exemplo, poderão ser encontradas em diversas unidades de saúde do Brasil a partir de fevereiro.


O reiki, baseado no toque suave das mãos, é uma técnica japonesa para redução do estresse, a partir do relaxamento, que promove a cura. Segundo Daphne Kipmam, reikiana voluntária no HBDF, é uma prática que trabalha com a ideia da energia vital e tem o poder de provocar mudanças na consciência do paciente. E acrescenta: ;O reiki proporciona aumento no sistema imunológico, ajuda a regularizar a pressão e a reduzir os efeitos colaterais de medicamentos, além de oferecer um relaxamento profundo;.

Para Marluce de Lemos Salles, 68 anos, as sessões de reiki foram um grande alívio quando ela se submeteu ao tratamento de câncer de mama, em 2013. ;Essas atividades foram fundamentais para vencer a doença. Durante cinco meses, fiz sessões semanais, antes da cirurgia, o que me deu uma confiança muito grande diante da dificuldade enfrentada à época.; Os brasilienses também podem usufruir das seguintes práticas integrativas: acupuntura, arteterapia, automassagem, fitoterapia, hatha yoga, homeopatia, lian gong, terapias antroposóficas, meditação, musicoterapia, shantala, tai chi chuan e terapia comunitária integrativa.

À frente da Gerência de Práticas Integrativas em Saúde (Gerpis), Valéria Frota conta que a ideia do programa é trabalhar com o conceito de cura ampliada, na qual a recuperação passa a ser vista como o restabelecimento do bem-estar físico, mental e social do paciente. Ela ressalta que as práticas mais procuradas pelos brasilienses são automassagem, hatha yoga e tai chi chuan. E recorda que, em Brasília, as práticas integrativas começaram com a homeopatia e fitoterápicos por meio da Farmácia Viva ; e a automassagem, no Núcleo Bandeirante, em 1987.


Ioga no parque


Em sintonia com o Programa de Práticas Integrativas da Saúde, o Coletivo Namasté oferece a prática de hatha yoga. Coordenado pelo trio Juliana Sartori, 52 anos, Thais Joy, 39, e Andrea Yughes, 34, a iniciativa tem atraído o brasiliense para o Parque da Cidade. Todos os sábados, a partir das 9h, em frente ao estacionamento 13 (entre a Administração e o Quiosque do Atleta), é possível assistir às professoras e aos alunos desenvolverem movimentos que parecem desafiar a gravidade.

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Para quem quer arriscar, as instrutoras fazem o convite: é só chegar. ;É algo que tem de ser compartilhado e multiplicado para toda a população, já que traz inúmeros benefícios à saúde;, ressalta Juliana Sartori. Elas relembram que a ioga ajuda no tratamento de insônia, estresse, nervosismo e até problemas físicos. Para fazer os exercícios, não é preciso muito esforço. Basta chegar ao local e, com uma contribuição espontânea de R$ 20, participar da aula, que tem duração de uma hora e é dividida em três partes, ministradas pelas três professoras do coletivo.

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