postado em 30/01/2017 06:01
Depois do racionamento em cidades abastecidas pela Barragem do Descoberto, começa hoje a redução da pressão da água em regiões servidas pelo reservatório de Santa Maria. A primeira área atingida pela mudança será a Asa Norte. Na próxima quinta-feira, o ajuste será feito nas redes da Asa Sul, do Noroeste e do Sudoeste. Ao reduzir a força com que a água sai das torneiras nesses bairros, o governo espera reduzir o consumo em até 5%.
As cidades abastecidas pelo reservatório de Santa Maria não passarão por racionamento completo neste momento, porque essa bacia ainda mantém níveis acima de 40% da capacidade total. Já na Barragem do Descoberto, o percentual ontem era de apenas 23,9%.
Independentemente de onde vem a água, os brasilienses já se conscientizaram de que é preciso economizar. Mas muitos não sabem que há dicas simples para reduzir o consumo. Gestores e funcionários do ramo hoteleiro têm procurado driblar a crise hídrica com atitudes criativas no Distrito Federal. Garrafas PET dentro de caixas acopladas de descargas sanitárias e borrachas para diminuir a vazão dos chuveiros são algumas das alternativas adotadas ; soluções simples, que não necessitam de gastos com grandes obras, geram muita economia e podem ser adotadas em casa. De acordo com o pesquisador em água e ambiente construído da Universidade de Brasília (UnB) Daniel Santana, buscar soluções econômicas e racionais para o uso da água é uma prática que deve ser adotada não só pelas empresas, mas também pela população.
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Para reduzir a quantidade de água na descarga, funcionários do Hotel Grand Mercure, no Setor Hoteleiro Norte, têm colocado uma garrafa pet de dois litros, cheia, na caixa acoplada ao vaso sanitário. O artefato preenche um espaço que seria da água que vem do cano. Funciona assim: depois de dar a descarga, a caixa acoplada começa a encher-se, mas parte do espaço que deveria ficar cheio de água passa a ser preenchido com a garrafa. Tal medida, além de economizar 2 litros de água por descarga, pode significar uma economia de 1,2 mil litros por mês em uma família de quatro pessoas.
A ideia partiu do supervisor de andar do hotel Ademilson Ambrósio, 41 anos. Ao adotar a medida primeiramente, na própria casa, no Mangueiral, Ademilson percebeu que, com uma iniciativa fácil e simples, poderia gerar economia e ser sustentável ao mesmo tempo. De acordo com ele, oito litros são suficientes para limpar os dejetos com a descarga ; geralmente, a caixa acoplada tem capacidade para 10 litros.