Cidades

Servidor do Senado acusado de matar empresário deleta perfil do Facebook

Ele é procurado pela Polícia Civil por atirar em Eduardo Montezuma Alves de Lima em uma discussão entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira

Isa Stacciarini
postado em 30/01/2017 14:33

Argo usava a conta no Facebook para manifestar opiniões e posições políticas

O servidor público do Senado Federal Argos Madeira da Costa Matos, 57 anos, suspeito de ter matado um empresário na 312 Norte, excluiu o perfil das redes sociais no início da tarde desta segunda-feira (30/1). Ele é procurado pela Polícia Civil por atirar em Eduardo Montezuma Alves de Lima, 42, em uma discussão entre a noite de domingo (29) e a madrugada desta segunda-feira (30). Ele usava a conta no Facebook para manifestar opiniões e posições políticas.

Leia mais notícias em Cidades

Em uma das postagens, Argos prestou apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC). Ele compartilhou uma mensagem que mostra o alcance de curtidas da página do parlamentar com a frase ;isso que é mitar;. Em outra, Argos se mostrou favorável a ação das forças armadas contra manifestantes do Movimento Sem Terra (MST) e disse ;forças armadas; ajam com esses bandidos; fuzilem todos; (sic).

[SAIBAMAIS]Em uma terceira publicação, o servidor compartilhou uma notícia de que o porte de arma seria liberado para todos os brasileiros em 2016. Em outra, ele se mostra contrário aos parlamentares petistas. Dessa vez, o alvo foi o senador Lindbergh Farias (PT) ao se manifestar contra o movimento de direita. Além de compartilhar a notícia, Argo escreveu: ;venha, palhaço!! não vai sobrar de você, safado!!” (sic).

Argos está foragido desde que atirou no empresário. Ele fugiu em um Peugeot Sedan. A Polícia Civil acredita que o homem ainda esteja no Distrito Federal. Agentes da 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte) estão nas ruas para tentar localizar o servidor. Policiais já estiveram em endereços e residências onde o homem poderia estar. A Polícia Legislativa também foi acionada para tentar ajudar em informações sobre a localização do homem.

O delegado-chefe responsável pela investigação, Laércio Rosseto, descartou pedir a prisão do servidor caso ele se apresente de forma voluntária até esta terça-feira (31). Se isso não acontecer, Argos poderá ser preso. O caso é tratado como homicídio e, para a polícia, o crime teria sido motivado por ciúmes.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação