Cidades

Governo oficializa exoneração de membros da direção do CDP da Papuda

Demissão foi anunciada após denúncia de irregularidades na cela do senador cassado Luiz Estevão e publicada nesta quarta no Diário Oficial do DF

Alessandra Modzeleski - Especial para o Correio
postado em 01/02/2017 20:19
Portaria exonerou antiga direção do Complexo da Papuda e nomeou outros ocupantes
A edição extra do Diário Oficial do DF, publicada nesta quarta-feira (1;/2), traz a exoneração do diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP) da Papuda. A saída de Diogo Ernesto de Jesus já havia sido anunciada depois que vieram à público as regalias que o senador cassado Luiz Estevão recebia no presídio. A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) pediu a exoneração de todos os integrantes da direção do CDP.
A mesma publicação também exonerou o diretor adjunto da prisão, Vitor Espindola Sales de Souza, e nomeou João Vitor da Anunciação e Tiago Veloso Machado para os cargos de diretor e diretor adjunto do CDP, respectivamente. O CDP é o local onde ficam presos provisórios, sendo ainda o presídio de entrada e classificação para os demais estabelecimentos do sistema penitenciário. Com capacidade para 1.646 vagas, a unidade está superlotada. Hoje, são 4.033 internos.

Regalias

Em vistoria na cela do empresário e senador cassado Luiz Estevão, foram encontrados itens proibidos, como chocolate, cafeteira elétrica, cápsulas de café e massa importada. O ex-parlamentar, ainda, desacatou o coordenador-geral da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), Guilherme Nogueira, ao ser questionado sobre os produtos. Após o episódio, Estevão está em na solitária por desrespeitar regras.
[SAIBAMAIS]O Ministério Público e a Polícia Civil ainda investigam possíveis crimes cometidos pelo presidiário e por agentes de atividades penitenciárias. Carcereiros são suspeitos de receber propina para permitir a entrada de produtos proibidos destinados a Estevão.
A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) instaurou sindicância administrativa para apurar o caso. Um inquérito sigiloso também foi aberto na Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco) e no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

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