Cidades

Servidor do Senado suspeito de matar empresário na Asa Norte é preso

Argos Madeira da Costa Matos, 57 anos, foi preso preventivamente, na Asa Norte, na manhã deste sábado

Luiz Calcagno, Isa Stacciarini
postado em 04/02/2017 11:44

A polícia pediu a prisão preventiva de Argos Madeira da Costa Matos neste sábado

O servidor do Senado Federal Argos Madeira da Costa Matos, 57 anos, acusado de matar a tiro o empresário Eduardo Montezuma Alves de Lima, 42, foi preso preventivamente na Asa Norte na manhã deste sábado (4/2). Ele havia se entregado na 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte), na tarde de terça (31/1), quando também entregou a arma do crime, uma pistola calibre .380 e outro artefato do mesmo modelo. A condição era a de que ele permaneceria livre. Porém, o delegado chefe da DP e responsável pelo caso, Laércio Rossetto, alertou que as investigações continuariam.


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A Polícia Civil fez o pedido de prisão preventiva para a Justiça por entender que uma pessoa que mata outra oferece risco à sociedade. ;Quando ele se apresentou com o advogado não tínhamos mandado de prisão e não era mais flagrante. Pedimos à Justiça a prisão preventiva e o Ministério Publico deu parecer favorável. A Justiça acatou no fim da tarde de ontem (sexta-feira) e desde a madrugada estamos trabalhando para encontrá-lo;, explicou Rossetto.

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[SAIBAMAIS]Argos não estava em casa no momento da expedição do mandado, e foi preso em um endereço da Asa Norte. Na manhã deste sábado o delegado colhia depoimento do advogado do suspeito. Familiares também compareceram à delegacia. Dois filhos de Argos estavam na unidade policial. "Entendemos que a vítima veio a óbito por uma discussão banal e sem chance de se defender. O Argos disse que achou que seria agredido. A conduta, de qualquer forma, foi desproporcional e, além disso, a vítima não estava armada, mas ele sim", acrescentou o delegado.

Briga de bar

O crime aconteceu em 29 de janeiro, após uma discussão no Chiquinho;s Bar, na 312 Norte. A ex-mulher de Eduardo se divertia com um grupo de amigos, entre eles o servidor do Senado. Segundo a ocorrência, o ex-companheiro dela esteve no local para saber por que ela não atendia aos telefonemas dele. Uma testemunha contou aos investigadores que, nesse momento, Argos estaria no banheiro.


Quando o servidor do Senado voltou, Eduardo questionou quem era o homem, que respondeu: ;Minha irmã;. O empresário não gostou e deu um empurrão no servidor. A discussão continuou do lado de fora, até que Argos sacou uma arma e atirou na vítima e fugiu em seguida.

De acordo com Rossetto, após o crime, Argo viajou para Pirenópolis (GO). A polícia entrou em contato com o advogado dele e estabeleceu o prazo para o servidor se entregar. O homem compareceu à delegacia dentro do prazo, confessou o crime e alegou legítima defesa.

A 2; DP realizou, ainda, buscas na residência do suspeito, onde foram encontradas duas pistolas, calibres 380, com registros vencidos. Ambas as armas foram apreendidas e serão encaminhadas para exame pericial. A delegacia prossegue na apuração do crime. O delegado analisará todas as circunstâncias do fato, os depoimentos de testemunhas e imagens obtidas no local do crime.

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