Cidades

Conheça a história do Bloco do Peleja, que promete reunir 3 mil foliões

No início, era apenas um grupo de amigos que se encontrava regularmente para batucar e curtir uma boa música. Daí, surgiu a ideia de formar um bloco pré-carnavalesco. No próximo dia 18, a turma do Peleja pretende reunir 3 mil foliões na Asa Norte

Deborah Fortuna
postado em 05/02/2017 08:00

No pré-carnaval do ano passado, o Bloco do Peleja reuniu 3 mil foliões. Este ano, os foliões pretendem fazer críticas à Lei do Silêncio: um bom momento para se dar visibilidade à causa

Com o lema ;Mais samba e mais democracia para todos;, o Bloco do Peleja promete fazer o brasiliense cair no samba pelo quinto ano consecutivo. Em 2017, a ideia é dar um toque político à festa, que ocorre sempre no sábado que antecede o carnaval, na Praça dos Prazeres, na 201 Norte, a partir das 16h. Para uma das organizadoras da agremiação, Débora Cruz, além de exaltar o respeito a outras opiniões, o tema reflete o cenário atual do país e pretende dar uma resposta à Lei do Silêncio. ;Democracia é um direito. Com a música, também é possível fazer esse debate da lei (do silêncio), que é uma coisa antidemocrática. Temos o direito de sermos livres na rua, cantando a música, fazendo samba, sem ser importunado.; Marcos Francisco, outro organizador, acredita que há uma ;ditadura do silêncio;. Ele acha estranho uma cidade como Brasília ter essa postura. ;O samba é uma atividade cultural, que não pode ser silenciada;, afirma.

Tudo começou em 2008, com um grupo de amigos que se reunia para tocar samba. Cada um levava o próprio instrumento e se juntava, sempre em um local diferente, para compartilhar o gosto pela música. Segundo Marcos, no início, era apenas uma confraternização. Mas as rodas começaram a trazer vida aos encontros. Como consequência, em 2012, um dos participantes teve a ideia de expandir ainda mais as pequenas reuniões. Assim surgiu o plano de criar um bloco pré-carnavalesco que pudesse levar samba de graça a quem quisesse se divertir. Agora, o grupo se reúne para tocar, gratuitamente, na praça.

Marcos também afirma que, em função do lema, o bloco é democrático e todos são bem-vindos. A ideia é que qualquer um possa se divertir, mesmo em um encontro de pessoas com opiniões, ideologias ou perfis diferentes. Para participar, basta ir com o coração e o espírito abertos para brincar na rua. ;A gente tem alguns princípios, como não cobrar ingresso nem cachê. Temos uma filosofia em defesa da democracia e do respeito às diversidades de gênero;, explica.

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