postado em 05/02/2017 18:12
O Governo do Distrito Federal (GDF) está estudando a possibilidade de rescindir o contrato com o consórcio responsável pela construção da nova sede administrativa do governo. A estrutura foi erguida em Taguatinga, há dois anos, e custou à concessionária Centrad, formada pelas empreiteiras Odebrecht e Via Engenharia, cerca de R$ 1 bilhão.
Sob a gestão de Rollemberg, o GDF está tentando negociar a rescisão do contrato. Segundo a secretária de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, até o momento nenhum centavo saiu do bolso do governo para custear a estrutura. O consórcio pede algo em torno de R$ 1,4 bilhão, mas o valor ainda está em debate.
A ideia de centralizar vários órgãos públicos do DF em um único local, teve início em 2009, pelo então governador José Roberto Arruda. No período, foi estabelecido um contrato de parceria público-privada. A Centrad levantou empréstimos e ergueu o complexo de luxo que foi inaugurado no final de 2014, por Agnelo Queiroz, que na época estava à frente do Buriti.
O contrato firmado estabelecia pagamentos mensais do GDF em torno de R$ 22 milhões para a concessionária. Esses valores pagariam a infraestrutura e os serviços prestados. Ao fim dos pagamentos, em 22 anos, o imóvel passaria para o governo.
Ao inaugurar a sede, a gestão de Agnelo liberou o Habite-se do projeto, o que deu o aval à Centrad começar a cobrar as mensalidades. Porém, com a troca de governo, esses pagamentos não ocorreram, já que o habite-se foi anulado em janeiro por ação do Ministério Público.
Caso o contrato seja rescindido, o governo ainda deve decidir qual será, a longo prazo, o destino da estrutura.