Casos de sequestro ou desaparecimento de bebês, crianças e adolescentes têm se tornado cada vez mais comuns no Brasil. Há alguns comportamentos dos pais - estabelecidos através de um protocolo de segurança mundial - que ajudam a garantir a segurança dos filhos. Em entrevista ao Correio, Giuliana Córes, coordenadora do Centro Integrado 18 de maio, vinculado ao Conselho Tutelar do Distrito Federal, explica que, além da prevenção, saber como agir em situações como essas aumentam as chances de recuperar a criança perdida.
A regra número um, segundo Córes, é não deixar os filhos com pessoas que não sejam de confiança. Outra atitude importante é a identificação dos pais colada em lugares estratégicos dos pequenos, como no braço ou na vestimenta. Manter a criança atualizada quanto ao endereço da casa onde mora, do telefone dos pais ou de outros familiares também ajuda em sua segurança. No caso de crianças maiores, cabe aos pais instruí-las. "Eles devem ensinar que quando ocorrer alguma situação estranha, é preciso procurar a polícia ou outra pessoa e denunciar", exemplifica Córes. Entretanto, ela ressalta que esses procedimentos são para a prevenção. Quando o sequestro já aconteceu, a história muda.
Se a criança já estiver desaparecida, a primeira reação dos responsáveis deve ser acionar a polícia. A Lei da Busca Imediata, número 11259/2005, prevê que, em caso de sumiço de criança ou adolescente, independentemente do estado, a ação dos policiais deve ser a mais rápida possível. "É diferente dos casos de desaparecimento de adultos, que a polícia pede ao menos 24 horas para iniciar a busca. As equipes estarão em alerta e, mesmo que a criança esteja sem identificação, ela pode ser identificada", explica Córes.
Na rodoviária
Nesta quarta-feira (8/2), uma mulher foi presa pela Polícia Civil em Samambaia após tentar sequestrar uma menina de apenas um mês de vida. De acordo com informações da corporação, a mãe tinha o costume de deixar a criança aos cuidados da mulher, que é vizinha dela, e entrou em desespero ao ir pegar a filha e encontrar a casa vazia.
Na delegacia, ela justificou que criou laços afetivos com a criança e que não tinha intenção de levá-la para o Maranhão sem autorização da mãe. Na outra cidade, pretendia encontrar o ex-marido e tentar reatar o casamento. A mulher disse que estava no terminal rodoviário para perguntar o valor da passagem, porém passou mal. Francisca foi autuada por subtração de incapaz. O crime é inafiançável.