Flávia Maia
postado em 09/02/2017 18:40
O Tribunal de Justiça de Goiás acatou o pedido do Ministério Público do Estado (MPGO) e determinou a interdição imediata do Instituto Médico Legal (IML) de Luziânia. A sentença foi publicada nesta quinta-feira (9/2). A juíza que analisou o caso, Flávia Cristina Zuza, determina que o fechamento ocorra até a apresentação do alvará sanitário. Além disso, dá prazos para adequações das instalações do prédio, que atende a 10 municípios e cerca de 900 mil pessoas. O IML de Luziânia é o segundo maior do estado.
A sentença pede que os serviços suspensos sejam direcionados a outras unidades mais próximas até que as irregularidades sejam sanadas. A Secretaria de Segurança Pública de Goiás informou que as necrópsias passarão a ser feitas em Formosa e o Instituto de Criminalítica e os médicos legais continurão em Luziânia, mas em outro local, para onde serão transferidos os atendimentos como conjunção carnal, lesão corporal, exame cadavérico, papiloscopia, DNA e relatório médico. A pasta informou também que destinou R$ 5,1 milhões para reforma e ampliação da unidade interditada.
[SAIBAMAIS]Na segunda-feira (6), o Correio mostrou, com exclusividade, a situação do IML de Luziânia. Vistoria feita pelo MPGO mostrou cenas desumanas: corpos em decomposição alocados dentro de urnas abandonadas do lado de fora do prédio e cercadas por moscas; veículos antigos como criadouros de baratas; geladeiras e materiais em desuso largados a céu aberto. Além disso, o local não tem documentação básica para o funcionamento, como alvará sanitário, licença ambiental, regularidade técnica emitida pelo Corpo de Bombeiros e Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde.