Cidades

Homem é encontrado morto próximo à Ponte do Bragueto

A polícia suspeita que o homem tenha sido assassinado e, depois, pendurado à árvore para simular um suicídio

Paula Pires - Especial para o Correio
postado em 11/02/2017 22:24

A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte de um homem estrangeiro encontrado pendurado a uma árvore próximo à Ponte do Bragueto. O corpo foi localizado por policiais militares, no início da noite de sábado (11/2), a partir de uma denúncia anônima. Ao chegar ao local, os PMs desconfiaram que vítima não havia se enforcado e acreditam que ele estaria morto há pelo menos um dia.

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O corpo do homem, que, segundo informações preliminares, é um refugiado, foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Brasília, onde foi reconhecido pela família. A vítima era negra, sem identificação e possivelmente de origem africana ou haitinana, de acordo com informações da polícia. Os investigadores trabalham com duas linhas de investigação: suicídio ou homicídio com motivação de crime passional.

Na segunda hipótese, os agentes supõem que a vítima foi pendurada por uma corda à árvore na tentativa de esconder as provas do crime. A 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte) apura o caso.

De acordo com informações da polícia, uma testemunha teria revelado que o suspeito de cometer o crime seria um homem que estaria de bermuda preta e camisa amarela. Em depoimento, ele teria dito à polícia que estava com amigos no estacionamento da Embrapa, próximo ao Lago Paranoá, quando viu um homem negro aproximar-se e pedir um prato de comida a um casal que lavava carros no estacionamento.

Em seguida, viu o homem do casal, que trajava camisa amarela, bermuda preta e boné branco com aba preta, reclamar com a esposa. Segundo o depoimento da testemunha, o homem teria dito que a mulher seria a responsável por "trazer aquele haitiano que o havia roubado". Logo depois, começou a agredir o rapaz negro.

A testemunha afirmou ainda que viu o lavador de carros enforcar a vítima com um fio e arrastá-lo em direção ao Lago Paranoá. Após esse momento, afirmou não ter tido outras notícias do que teria acontecido. Ao ficar sabendo da morte da vítima, teria ido procurar a polícia para contar o que viu.

Ainda de acordo com a testemunha, o lavador de carros seria uma pessoa "agressiva" e que "arruma problemas com diversas pessoas no local". Disse que o lavador teria, inclusive, agredido a esposa no dia do fato, machucando-a bastante no rosto.

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