Cidades

Saúde da Família: governo cria 329 equipes para atendimento básico no DF

Profissionais de clínica médica, ginecologia e pediatria vão compor as equipes

Otávio Augusto
postado em 15/02/2017 11:15

A intenção da Secretaria de Saúde é aumentar em 135,9% as equipes do Saúde da Família existentes no DF

Com as alterações no programa Saúde da Família, a Secretaria de Saúde pretende ampliar os atendimentos básicos. Serão criadas 329 equipes, segundo a pasta. A reforma atinge 170 unidades. Ao todo, a capital federal terá cerca de 571 equipes do Saúde da Família.

As alterações trazem mais recursos do Ministério da Saúde. Por ano, o DF recebe R$ 23 milhões do governo federal. Com a restruturação, o montante passa para R$ 50 milhões. Atualmente, são 242 equipes do Saúde da Família, sendo que 103 são compostas com profissionais do programa Mais Médicos.

[SAIBAMAIS]"Vamos pegar equipes tradicionais e formar equipes de transição para iniciar o serviço. Essas equipes vão trabalhar por até um ano. Vamos treinar os servidores por serem especialistas focais trabalhando como médicos de família. Um pediatra pode ter dificuldade de fazer um pré-natal", explica o secretário de Saúde, Humberto Fonseca.

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As equipes do Saúde da Família deverão atender a todas as consultas com hora marcada e cerca dos 50% dos atendimentos serão feitos imediatamente. "Funcionando dessa forma a resolutividade aumenta e isso reduz o adoecimento da população. Estamos organizando o trabalho", ressalta Fonseca. As equipes de transição serão formadas até junho.

A intenção da Secretaria de Saúde é aumentar em 135,9% as equipes do Saúde da Família existentes no DF. Profissionais de clínica médica, ginecologia e pediatria vão compor as equipes. Os servidores poderão escolher se querem migrar para este modelo de atendimento. "Vamos ter treinamentos, protocolos e cartilhas que vão mudar a cultura e o modelo de trabalho", destaca Fonseca. As primeiras medidas devem ser sentidas já em 2018. "Temos um ano para construir isso. Ainda haverá territórios vulneráveis", conclui.

Segundo a Secretaria de Saúde, pelo menos 2 milhões de habitantes dependem exclusivamente da rede pública. "As pessoas terão o vínculo com as equipes e isso diminui a disputa. É sair da disputa por atendimento nos 13 prontos-socorros. Dessa forma, os recursos ficarão mais disponíveis", frisa o secretário-adjunto de Atenção Integral à Saúde, Daniel Seabra.

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