Cidades

Governo recua e não vai implantar organizações sociais na saúde básica

Secretaria de Saúde estuda adotar o modelo de administração nas seis unidades de pronto-atendimento (UPAs) do DF

Otávio Augusto
postado em 15/02/2017 11:22
O secretário de Saúde, Humberto Fonseca, confirmou a informação durante o anúncio da reforma do programa Saúde da Família
A reforma do programa Saúde da Família no DF afasta a possibilidade de implantação de organizações sociais (OSs) para a administração da atenção primária. Agora, o governo estuda a proposta de adotar o modelo de gestão para as seis unidades de pronto atendimento (UPAs).
[SAIBAMAIS] "Discutimos muito a implantação das OSs, sobretudo na atenção primária de Ceilândia, mas chegamos à conclusão que temos profissionais suficientes para o serviço. Basta que haja um engajamento", destacou o secretário de Saúde, Humberto Fonseca.

Governos estuda entregar a gestão das seis UPAs do DF para organizações sociaisEle detalhou nesta quarta-feira (15/2) que ainda é considerada a possibilidade de as OSs assumirem as UPAs. O assunto ainda é debatido com órgãos de controle e o Conselho de Saúde do DF. "Nunca foi pensado, por exemplo, gestação de OSs na atenção secundária e especializada", explica Fonseca.

Debate desde 2015

O debate sobre a implantação das organizações sociais começou ainda em 2015 e enfrentou a resistência de órgãos de controle e entidades de classe. Essa era a principal aposta do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) para atenuar os problemas na saúde de Ceilândia.

O governo defendia que o modelo de administração geraria economia para o DF. Segundo cálculos da Casa Civil, o GDF desembolsa por ano R$ 132 milhões para custear a atenção primária em Ceilândia. Com o modelo de gestão, a estimativa cairia para R$ 110 milhões . Cerca de 400 novas equipes atuariam na região, com 3,6 mil profissionais. Há, ainda, o gasto de R$ 148 milhões para despesas das seis UPAs.

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