Cidades

Aeroporto JK, em Brasília, conta com cães para fiscalizar bagagens

Os labradores Leo e Thor foram treinados para fiscalizar bagagens antes da entregua aos passageiros

postado em 24/02/2017 12:51
cão labrador marrom fareja bagagens no aeroporto de Brasília Se você está pensando em trazer na bagagem algum produto de origem animal e vegetal de viagens internacionais, precisa ficar atento para o que é ou não permitido. Agora, a equipe da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek conta com um reforço especial: os labradores Leo e Thor, cães especialmente treinados para fiscalizarem malas antes mesmo de serem entregues aos passageiros. É a primeira unidade da Federação a desenvolver o programa.
O projeto, pioneiro no Brasil, está na fase de implementação oficial, mas os cães já trabalham em todos os desembarques, com 100% de fiscalização das malas. Com três anos, Leo foi o primeiro animal a ser treinado e faz uma média de três inspeções diárias, com 87% de acertos. Antes do início do programa, apenas 40% das bagagem eram inspecionadas pelos auditores fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Para o auditor fiscal federal agropecuário Márcio Micheletti, o trabalho dos cães farejadores é de suma importância para a agricultura do país. "Hoje, a produção brasileira é muito focada na agricultura. Então, esse trabalho previne que pragas entrem no nosso país e prejudique nossas plantações", comentou.
Com o sucesso do programa em Brasília, outros animais serão treinados para trabalharem em fronteiras, portos e aeroportos de outros estados. No final de março, Thor será transferido para a unidade dos Correios em Curitiba, para auxiliar na inspeção das encomendas vindas do mundo todo. "É uma forma de ajudar, porque nesse centro de distribuição no Paraná chega produtos do mundo todo, então pode ter qualquer coisa. E com o cão farejador, o processo de fiscalização é muito mais eficaz", concluiu Márcio.
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Diversão e trabalho
O auditor Márcio, responsável pelos animais, conta que tudo para eles é uma grande diversão. "Quando eles estão aqui na área de desembarque, eles ficam felizes, pois sabem que vão ganhar uma bolinha depois, que é o prêmio pelos acertos." Todas as malas indicadas por ele são marcadas e o dono é conduzido para uma revista minuciosa. "Isso agiliza todo o processo, pois não temos mais que escolher passageiros aleatoriamente, e os que não tem nada na mala, são prontamente liberados", explicou.
O projeto é inspirado em modelos utilizados em outros países, como Estados Unidos e Inglaterra. "Agora, vamos aprimorar todo o processo. Esses animais podem ser treinados para farejar até uma larva que pode ser uma ameaça para toda nossa economia", concluiu Márcio.

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