Gabriella Bertoni - Especial para o Correio
postado em 06/03/2017 08:08
Sete integrantes de uma quadrilha especializada em furtos a imóveis de luxo foram presos na Operação Condominus, da Polícia Civil do DF. Eles atuavam há mais de 15 anos no Distrito Federal, em vários estados do país, como São Paulo e Minas Gerais, e também no Chile e na Argentina. Até o momento, foram apreendidos cerca de R$ 5 milhões em dinheiro, jóias e artigos de luxo.
Foram presos quatro mulheres e três homens, entre eles os líderes Raquel Veríssimo da Silva e Alcyr Albino Dias Júnior. Outra suspeita de comandar a quadrilha, Priscila Galhego da Luiz, está foragida. Ao todo, foram 13 mandados prisão, com três foragidos e mais três que ainda serão executados. O suspeitos foram detidos em 24 de fevereiro, em Foz do Iguaçu e em São Paulo, em ações que contaram com o apoio da Polícia Federal e da Polícia Civil do Paraná. As informações sobre a operação foram divulgadas nesta segunda-feira (6/3), durante coletiva de imprensa.
Furto no Sudoeste
Apenas em Brasília, no furto a um apartamento na Quadra 300 do Sudoeste, em fevereiro deste ano, a quadrilha conseguiu R$ 300 mil em jóias e dinheiro. Em 2012, a quantia levada de quatro apartamentos foi de cerca de R$ 4 milhões. Os criminosos se vestiam como os moradores em dia de folga, com roupas de ginástica, e fingiam estar fazendo caminhada próximo ao local escolhido.
Geralmente, passavam pela portaria dos condomínios sem se identificarem e subiam para os apartamentos nos andares mais altos. "Esses apartamentos costumam ser os mais caros, consequentemente, os donos têm mais dinheiro. A altura também facilitava o monitoramento dos elevadores para eles não serem surpreendidos pelos moradores", contou o delegado-chefe Fernando César Costa.
Segundo ele, Brasília não era um destino muito comum por ter, em sua maioria, prédios baixos, o que prejudicava a ação da quadrilha. "Era possível ver o desespero das mulheres que chegavam à delegacia. Eram jóias que ganhavam no aniversário de casamento, colar no nascimento do filho. Um pedaço da história da família que era roubada", concluiu. Ainda não há estimativa do valor total levado pela quadrilha. Contratos de penhora de jóias com a Caixa Econômica ainda estão sendo investigados.