Jornal Correio Braziliense

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Menino baleado por policial civil volta a ser internado

O garoto de seis anos aguarda o resultado dos exames para identificar uma complicação no pulmão

O menino Luís Guilherme, 6 anos, baleado por um policial civil do Distrito Federal em 6 de janeiro deste ano, na BR-070, voltou a ser internado no Hospital Santa Helena, da Asa Norte, na tarde da última segunda-feira (6/3). O garoto retornou à unidade médica depois de passar mal. Ele passou pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi transferido nesta terça-feira (7/3) para um quarto do hospital particular.

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O garoto realizou uma tomografia para avaliar um possível problema no pulmão. A suspeita é de que ele esteja sofrendo de pneumonia ou trombo no pulmão. Segundo a mãe do menino, a advogada Paula Caxias, a vida da família foi alterada desde o dia do crime. "Não conseguimos ficar muito tempo em casa com nosso filho e isso é muito triste. De repente vem uma pessoa sem nada na cabeça e no coração e comete uma barbaridade dessa", lamenta.
Luís Guilherme passou por duas cirurgias para retirada do projetil. Ele foi liberado da unidade de saúde em 16 de fevereiro. Após isso, a família teve que mudar de casa. Segundo a mãe, a antiga residência tinha muitas escadas, que dificultava a locomoção do menino.
O crime
[SAIBAMAIS]Luis Guilherme levou um tiro do policial civil Sílvio Moreira Rosa. Ele disparou três vezes contra o carro em que o menino estava com os pais, na altura do Km 35 da BR-070, no município do Cocalzinho (GO). O agente não teria gostado de ter sido ultrapassado na rodovia. A bala entrou nas costas do garoto, do lado esquerdo, quebrou duas costelas, machucou o pulmão esquerdo, entrou no coração e ficou alojada no pulmão direito.
Após o crime, o policial ainda fugiu em direção a Águas Claras (GO), mas acabou preso em seguida. Silvio justificou o ato por pensar que se tratava de um assalto. Ele está na Divisão Estadual de Investigações de Homicídios, em Goiânia, e responderá por tripla tentativa de homicídio.

Luís passou por uma cirúrgia um dia depois do crime. Após 25 dias internado no hospital, ele recebeu alta em 30 de janeiro. No entanto, cerca de 24 horas depois, começou a se queixar de dores e cansaço e retornou à unidade de saúde. A equipe médica detectou que o projétil alojado no toráx da vítima estava em um local perigoso, por isso houve a necessidade de um novo procedimento. Em 16 de fevereiro, ele teve alta do hospital particular.