Cidades

DF recebe manifestações pelo Dia Internacional das Mulher

No Setor Comercial Sul e na Câmara dos Deputados, apitos deram voz às reivindicações pelos direitos das mulheres. Esplanada recebe ato durante a tarde

postado em 08/03/2017 14:50
No Setor Comercial Sul e na Câmara dos Deputados, apitos deram voz às reivindicações pelos direitos das mulheres. Esplanada recebe ato durante a tarde
Na manhã deste 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, o tema da violência contra a mulher ganhou destaque em protesto no Setor Comercial Sul. As manifestantes realizaram um "apitaço" e carregaram placas pedindo o fim do assédio e da cultura de estupro. Esta foi apenas uma das diversas manifestações programadas para ocorrer hoje no Distrito Federal.

Os apitos também foram personagens importantes de uma manifestação realizada na Câmara dos Deputados. Durante sessão solene do Congresso Nacional em comemoração ao Dia da Mulher, funcionárias e convidadas da Casa promoveram outro apitaço. A ação foi convocada pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que ressaltou a ausência de mulheres em cargos de comando no governo Temer e também criticou a reforma da Previdência. "É uma reforma que ataca principalmente as mulheres", declarou.
[VIDEO1]
Além disso, a Esplanada dos Ministérios sedia a "Paralisação Internacional das Mulheres", evento programado para ocorrer em mais de 50 cidades em todo o mundo. O ato começa no Museu da República, às 14h, com show de mulheres artistas da cidade. Depois, a programação conta com aulas abertas sobre racismo, legalização do aborto, violência contra as mulheres e direitos sociais das mulheres. No fim da tarde, a partir das 17h30, começa a marcha até a Praça dos Três Poderes.
Para a pesquisadora e doutora em comunicação pela Universidade de Oxford Roberta Gregoli, ao denunciar a cultura machista, as mulheres combatem um elemento estruturante da sociedade brasileira. Exemplo disso é a violência contra as mulheres. Ela ressalta que, para entender esse problema, é preciso observar a tolerância social e cultural a esse tipo de violência. "Se não fosse tolerada pela sociedade como um todo, o Brasil não seria o quinto país em que mais mulheres são mortas, como mostra o Mapa da Violência de 2015", afirma.

Atos nas universidades


No Câmpus Oeste do Centro Universitário IESB, estudantes e professores se reuniram em ato para a conscientização contra a violência e opressão das mulheres. O evento aconteceu pela manhã, na Praça da Ceilândia, e contou com atendimento psicológico, social, jurídico e estético, de forma gratuita. Os organizadores estimam que 200 pessoas participaram.

A faculdade de Comunicação (FAC) da UnB organizou uma programação especial do Dia das Mulheres aberta ao público. Das 8h até as 19h, alunos e professores se reunem com o objetivo de "proporcionar uma série de reflexões sobre os avanços que já foram feitos e, principalmente, sobre os que ainda precisam ser conquistados". O dia de eventos conta com seminários sobre gênero na universidade, pesquisa de gênero realizada por estudantes da FAC, "mídia, misoginia e golpe", além do lançamento de um livro com o mesmo título.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação