A Esplanada dos Ministérios se tornou palco de manifestações pelo direito das mulheres nesta quarta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Segundo dados da Polícia Militar, cerca de 5 mil pessoas, entre feministas e movimentos sindicais, se reúnem para protestar contra a desigualdade de gênero e outras demandas da militância, como a legalização do aborto, o racismo contra mulheres negras e a cultura do estupro.
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Com hinos como "A nossa luta é todo dia, contra o machismo, racismo e homofobia" e "Se cuida, seu machista. América Latina vai ser toda feminista", mulheres marcham em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF) levantando cartazes pedindo por mais visibilidade, segurança nas ruas, oportunidades de trabalho e respeito.
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Diferentes atividades começaram a ser realizadas logo no início da tarde, como oficina de turbantes, pinturas indígenas e aulas sobre políticas públicas para mulheres. Ativistas discursaram e algumas mulheres produziram cartazes para carregarem no momento da marcha.
Também foram programadas apresentações culturais. Um dos shows foi da Banda Batala, formada exclusivamente por mulheres. "Este ato tem tudo a ver com o objetivo da banda. Queremos isso, trabalhar a autoestima da mulher e a feminilidade", disse Alexandra Frota, integrante da banda de percussão.
Já no estacionamento do Teatro nacional representantes da CUT e do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) realizaram assembleia na qual reivindicaram o reconhecimento do protagonismo das mulheres na sociedade e criticam as reformas propostas pelo governo Michel Temer, como a da Previdência.
Para a parlamentar Érika Kokay (PT-DF), mais do que nunca o futuro das mulheres está na capacidade de mobilização. "Temos uma democracia precarizada. E as pautas paras as mulheres têm que se impor pela força das ruas", disse. "Não queremos parabéns. Queremos compromisso dos parlamentares em votar contra pautas que afeta nós mulheres", completou.
"É um dia de luta, de união das mulheres. Este 8 de março é especial porque está sendo encarado cada vez mais como um dia de reivindicaçao de direitos e afirmação da gente como mulher. Eu entendo cada vez mais que o feminismo é libertador e juntas somos mais fortes", explica Mariana Mello Lombardi, advogada, 24 anos, que fez questao de participar do protesto.
* Estagiárias sob supervisão de Humberto Rezende.