Cidades

Servidores da secretaria protestam contra mudanças no Saúde da Família

Durante sessão na Câmara Legislativa, sindicato criticou as mudanças alegando que a crise no setor deverá ser analisada com a participação dos servidores

Alessandra Modzeleski - Especial para o Correio
postado em 09/03/2017 21:42

Com as alterações no programa, a pasta pretende ampliar os atendimentos básicos, o que pode contribuir para diminuir filas nos hospitais

Deputados distritais realizaram, nesta quinta-feira (9/3), no Plenário da Câmara Legislativa do DF, uma comissão geral para discutir questões relacionadas às alterações promovidas pela Secretária de Saúde na política da atenção primária. O tema é um dos itens da pauta sobre o modelo da Estratégia Saúde da Família. Durante a sessão, funcionários da Saúde se reuniram e protestaram, dentro e fora da CLDF.

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Com as alterações no programa Saúde da Família, a pasta pretende ampliar os atendimentos básicos. Serão criadas 329 equipes e a reforma atingirá 170 unidades. Ao todo, a capital federal terá cerca de 571 equipes do Saúde da Família. Atualmente, são 242 equipes, sendo que 103 são compostas por profissionais do programa Mais Médicos.

[SAIBAMAIS]Profissionais de clínica médica, ginecologia e pediatria vão compor as equipes. Os servidores poderão escolher se querem migrar para esse modelo de atendimento. A medida, no entanto, não agradou ao sindicato, que defende o fortalecimento da atenção primária, mas acredita que esse não seja o melhor caminho. "A Saúde do DF tem jeito, sim, mas não haverá saída se não for construída com os servidores", afirmou Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde.

Durante a sessão, o secretário de Saúde do DF, Humberto Lucena, disse que até junho de 2018 o governo espera aumentar a cobertura para 75% da população com a implantação das equipes de transição. Lucena assegurou que não haverá remoção de trabalhadores a força. ;Na portaria está dito que aqueles que quiserem se capacitar e se manterem na atenção primária, assim o farão. Quem não quiser, tenho certeza que são servidores capacitados para se adaptarem a outras especialidades;, explicou.

Greve

Também nesta quinta-feira, funcionários terceirizados que atuam na limpeza de hospitais e postos de saúde do DF deflagaram greve após novo atraso no pagamento dos salários. Essa é a segunda vez apenas neste ano que a categoria cruza os braços. Dessa vez, reclamam do não pagamento dos valores referentes a fevereiro. A Secretaria de Saúde garantiu que na próxima semana vai quitar o montante pendente, de R$ 9 milhões.

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