postado em 16/03/2017 16:40
Depois de passar quase um mês internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o adolescente de 14 anos que foi espancado por sete criminosos durante assalto em Planaltina voltou para casa. Ele havia sido encaminhado ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), em estado grave, em fevereiro, após passar por outras duas unidades de saúde. O garoto ainda deve ficar de atestado por mais dois meses. De acordo com o irmão, ele está bem, mas ainda tem dificuldades para falar.
O garoto voltou para casa em 4 de março. A família informou que, desde que chegou do hospital, o garoto é acompanhado por um psicólogo e por um psiquiatra, pois toma antidepressivos. Familiares relatam ainda que ele tem dificuldades para dormir.
A 31; Delegacia de Polícia (Planaltina) investiga o caso. Até o momento, nenhum dos autores do crime foi identificado. O adolescente e dois colegas foram abordados e espancados por sete pessoas na altura do Conjunto F, da Quadra 11, do Arapoanga, em Planaltina, quando seguiam em direção à casa de um amigo. O crime aconteceu em 3 de fevereiro. Ele e dois amigos tentaram fugir dos agressores, mas foram alcançados.
Tortura
[SAIBAMAIS]Antes de ter os pertences levados pelos criminosos, os jovens foram vítimas de uma sessão de tortura. À época do crime, o irmão do garoto relatou que era comum que o adolescente passasse pelo local onde foi agredido, mas nunca havia se desentendido com ninguém da região. De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na 31; DP, antes do espancamento, os agressores perguntaram aos adolescentes de onde eram e chegaram a questionar se eles estavam roubando na área.
Um dos jovens conseguiu fugir, mas o adolescente e outro amigo, não. Enquanto ele estava inconsciente, um motociclista passou e informou aos suspeitos que os jovens não eram bandidos. Foi então que os homens pararam com a pancadaria, mas exigiram que o outro amigo ficasse apenas de cueca.
O adolescente passou por dois outros hospitais até finalmente ser transferido ao Hospital Regional de Santa Maria, em 5 de fevereiro. Após as agressões, ele foi encaminhado ao Hospital Regional de Planaltina, mas como não reagiu, foi levado ao Hospital de Base do Distrito Federal.