postado em 16/03/2017 17:36
O Distrito Federal registrou alagamentos em várias regiões na tarde desta quinta-feira (16/3). Em Vicente Pires, várias ruas ficaram alagadas, em uma delas, dois muros, de aproximadamente 5 metros de comprimento, desmoronaram. Com a força da água, uma moto chegou a ser arrastada por três lotes. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) também registrou danos no asfalto. O Gama também registrou volume alto de chuvas. Foram 5.8 mm em uma hora.
O ponto mais atingido foi em um condomínio da Chácara 39B, localizado na Rua 3 de Vicente Pires. Ao menos três casas da região acabaram invadidas pela água após o desabamento dos cinco muros.
No lote 9A, a força da chuva levou um carro e uma moto que estavam estacionadas no lote. No momento das precipitações, Rogério Campos, 40 anos, estava em casa com a esposa e o filho. "Foi bem rápido. Ouvimos o barulho de um muro caindo e logo a água levou os demais e os veículos", explicou o militar. Passadas mais de três horas com ajuda de amigos, ele retirava a lama de alguns pontos do lote enquanto dava entrevista ao Correio.
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Na casa ao lado, a água invadiu dois cômodos. O também militar Moises Dias Santos, 70, relatou que a chuva começou com granizo, e depois veio mais forte. "Foram ao menos 15 minutos para causar toda essa destruição. Moro aqui há 10 anos e nunca vi situação parecida", contou.
No lote 11, a água alcançou a altura da cintura dos moradores e invadiu as duas casas no terreno. Em uma das residências havia um casal de idosos, que precisou ser retirado pela janela. "Ouvi o barulho do muro caindo e já corri para ver como meus pais estavam. Graças a Deus eles não se machucaram", contou Marcelo Lima, 28 anos. Pelo local, ficaram os rastros da lama e o prejuízo. "Tinhamos trocado os móveis da cozinha há menos de dois meses. Perdemos a geladeira e fogão novos", lamentou.
O presidente da Novacap, Júlio Menegotto, visitou algumas áreas de Vicente Pires após a chuvas. A empresa organiza uma força-tarefa para o início desta sexta-feira (17/3) com a atuação de mais de 100 funcionários. "Vi algumas ruas que estão com um grande acúmulo de massa asfáltica que foi levada pelas chuvas", disse. Menegotto detalhou, ainda, que aguarda a liberação ambiental para iniciar obras de melhorias no escoamento água na região. "Está inclusa obras nas ruas 4 e 3. A licença deve ser liberada em até 20 dias".
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, também comparecerá ao local, para ver de perto os prejuízos e acompanhar o trabalho dos órgãos do governo nas áreas afetadas.
Normal
O Inmet dispensa qualquer anormalidade. "É comum sim. Estamos no final do período chuvoso da região, e o acumulado de março ainda é elevado (180.6 mm). Áreas de instabilidade tropical formadas pela combinação entre calor e a umidade vinda da região amazônica, associada a circulação dos ventos em altos níveis da atmosfera, contribui para formação e desenvolvimento de nuvens do tipo cumulonimbus (nuvens típicas de chuva forte). Essas nuvens, são caracterizadas pelo crescimento vertical e são frequentemente associadas a eventos meteorológicos severos", explica a meteorologista Ingrid Peixoto
Ainda de acordo com ela a marca de 180.6mm pode ser superada. "Em fevereiro estávamos desanimados com o volume de chuvas, mas um dia foi suficiente para superar. [Apesar de estar seguindo na normalidade] é possível que tenha uma pancada mais intensa que ultrapasse a média;. A temperatura mais alta registrada nesta quinta-feira, foi de 29;C.