postado em 05/04/2017 22:49
Uma nova oportunidade para as mulheres da Penitenciária Feminina do Distrito Federal. É isso que a Secretaria de Educação do DF, em parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), proporcionará para as detentas de Brasília, que participarão, a partir de 10 de abril, de cursos de formação profissional em três modalidades.
São 85 vagas, distribuídas em três turmas: 30 para assistente administrativo, 30 para recepcionista e 25 para costureira de máquina reta e overloque. Cada um terá duração de 160 horas.
A diretora executiva adjunta da Funap, Rosângela Santa Rita, conta que o sistema prisional é carente de políticas públicas e que, por isso, a fundação pretende que esse novo programa seja permanente. Uma segunda edição do curso já está sendo planejada. ;Queremos qualificar essas mulheres para que elas saiam da prisão com outras perspectivas e, assim, abandonem o núcleo de invisibilidade. Além disso, essas ações contribuem para evitar a reincidência de violência;, esclarece.
Ao término das aulas, as aprendizes receberão R$ 2 por hora-aula assistida, de acordo com a frequência ; segundo com a Funap, o curso pode render em torno de R$ 350, que será entregue às famílias de cada participante. As detentas também poderão solicitar a remissão da pena por estudo e serão beneficiadas com a redução de um dia na pena a cada 12 horas de frequência escolar.
O subsecretário de Educação Básica, Daniel Crepaldi, afirma que a capacitação profissional é uma importante forma de ressocialização para a população carcerária. ;A aceitação das internas está sendo positiva para os cursos. E, até o fim do ano, queremos oferecer mais de 200 vagas para esse projeto;, conta.
O subsecretário ressalta ainda que a Secretaria de Educação trabalha em um programa de redução de pena por meio da leitura. O projeto tem previsão de ser incrementado até o meio do ano e é uma parceria com a Subsecretaria do Sistema Penit;nciário do DF (Sesipe).
Mulheres Mil
Os cursos oferecidos pela Funap e pela Secretaria de Educação fazem parte do projeto Mulheres Mil, que atende diversas mulheres em situação de vulnerabilidade social em todo o Brasil. Implantado, inicialmente, como projeto piloto, passou a integrar o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em 2013.