Cidades

Amigos e parentes celebram missa de 7º dia de Lúcia Flecha de Lima

Políticos importantes estiveram na catedral, como o ministro Moreira Franco e os ex-deputados Sigmaringa Seixas e Paulo Delgado

Liana Sabo
postado em 10/04/2017 23:58
Políticos importantes estiveram na catedral, como o ministro Moreira Franco e os ex-deputados Sigmaringa Seixas e Paulo Delgado
A missa de sétimo dia da embaixatriz Lúcia Flecha Lima ocorreu na noite desta segunda-feira (10/4), na Catedral Metropolitana de Brasília. Ela faleceu em 2 de abril, após complicações por causa de um câncer no útero. A cerimônia foi marcada por forte emoção de amigos e parentes e, no livro de pessoas presentes, mais de 420 assinaram.

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Políticos importantes estiveram na catedral, como o ministro Moreira Franco e os ex-deputados Sigmaringa Seixas e Paulo Delgado. O deputado federal Heráclito Fortes e amigo pessoal da família também esteve no local. "Ela foi uma grande parceira do embaixador Paulo Tarso. Era super agradável conversar com ela, sempre atualizada e muito inteligente. Era um embaixatriz fora da curva", contou.

A cerimônia foi celebrada pelo bispo-auxiliar, Dom José Aparecido, juntamente com padre José Carlos Brandi Aleixo e o pároco da catedral, João Firmino. A homilia destacou a época da quaresma, na qual o celebrante enfatizou o consolo, ao lembrar o sacrifício e a morte de Cristo. Muito emocionada, a amiga de Lúcia, Geiza Alckmin, diz que além da saudade ficará a lembrança de uma pessoa caridosa. "Eu aprendi muito com ela. Sempre tinha um olhar e uma preocupação pelo outro. Foi o coração mais generoso que eu conheci", declarou.

No final, uma longa fila de cumprimento se formou para saudar toda a família, que estava na primeira fila. Os filhos Isabel, Beatriz, Luiz Antônio e o marido, o embaixador Paulo Tarso. João Pedro ficou em São Paulo e não pôde comparecer, mas mandou celebrar uma missa em nome da mãe também. A celebração terminou com o grupo tocando bachianas n; 5 de Villa Lobos.

Trajetória

Símbolo de elegância, Lúcia cultivou amizades ilustres, como o casal Bill e Hillary Clinton, e a princesa Diana, a quem serviu de confidente nos últimos anos de vida. Em Brasília, a embaixatriz presidiu durante 15 anos a Casa do Candango, sociedade civil sem fins lucrativos, e esteve à frente da Secretaria de Turismo do DF na gestão de Joaquim Roriz.
Políticos importantes estiveram na catedral, como o ministro Moreira Franco e os ex-deputados Sigmaringa Seixas e Paulo Delgado

Na Casa do Candango, Lúcia trabalhou na revitalização da estrutura do espaço, que abriga uma creche, na 603 Sul, e do Lar São José, em Sobradinho, que cuida de idosos carentes a partir de 65 anos. Organizou ainda, durante anos, a Exposição Festa dos Estados, evento que angaria fundos para manter a Casa do Candango e, com o tempo, transformou-se em evento cultural e turístico na capital.


Amizade com a Princesa Diana

A embaixatriz conheceu a princesa em 1990, quando Paulo Tarso era embaixador em Londres. O casal esteve no Palácio de Buckingham em um chá de verão promovido pela rainha Elizabeth. Em entrevistas, a embaixatriz contava que as duas se deram bem imediatamente, mas ficaram mais próximas quando ela e o marido acompanharam Diana e o príncipe Charles numa viagem que o casal fez ao Brasil, em 1991. As duas continuaram muito amigas nos anos seguintes, a ponto de Diana ter um quarto na residência do embaixador brasileiro em Londres.

A amizade continuou quando o Paulo Tarso foi transferido para Washington, em 1993. Lúcia relatava que Diana costumava passar o Natal com os filhos na Inglaterra e no dia seguinte viajava para a capital americana, onde ficava na casa da embaixatriz até o início de janeiro. No dia do divórcio de Lady Di com o príncipe Charles, em 1996, a embaixatriz voou para Londres para estar junto à amiga. "Eu sou estrangeira, não pertencia a esse mundo. Não cresci em meio ao medo da família real, e acho que essa era a grande diferença", dizia Lúcia.

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