Cidades

Em nova assembleia, professores ocupam três faixas do Eixo Monumental

Em greve há 28 dias, os professores exigem melhores condições de trabalho, reposição do tíquete-alimentação e o pagamento da última parcela do aumento aprovado em 2013. A categoria também protesta contra a PEC da Previdência

postado em 11/04/2017 12:21

Em greve há 28 dias, os professores exigem melhores condições de trabalho, reposição do tíquete-alimentação e o pagamento da última parcela do aumento aprovado em 2013. A categoria também protesta contra a PEC da Previdência

Sem fechar um acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF), professores da rede pública de ensino fazem uma nova assembleia nesta terça-feira (11/4) para decidir os rumos do movimento. Por volta do meio-dia, de acordo com a Polícia Militar, cerca de 1 mil educadores ocupavam três faixas do Eixo Monumental, no sentido Congresso Nacional. Eles saíram da praça em frente ao Palácio do Buriti e seguiam para o Catedral, onde está um grupo de 10 profissionais acorrentados em protesto a falta de acordo. A greve da categoria já dura 28 dias.

Os professores cobram reajuste salarial de 18%, melhores condições de trabalho, reposição do tíquete-alimentação e o pagamento da última parcela do aumento aprovado em 2013. A categoria também protesta contra a Proposta de Emenda Constitucional n; 287/2016 (PEC da Previdência). O documento estabelece novas regras para a aposentadoria, como a exigência de idade mínima de 65 anos para o recebimento integral do benefício, além de 49 anos de contribuição com a Previdência Social.

A greve foi considera ilegal pela Justiça. Em 27 de março, o Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) determinou o fim da paralisação. Na decisão, o juiz decretou que todos os professores deveriam voltar às salas de aula, sob multa de R$ 100 mil por dia descumprido e corte de ponto. A ação contra a paralisação foi ajuizada pelo Governo do Distrito Federal.

O Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) entrou com recurso. No entanto, desde o início da paralisação, em 15 de março, o governo tem cortado o ponto de todos os professores que aderiram ao movimento e só fará o pagamento depois que as aulas forem repostas.

Corte de ponto

Na última quinta-feira (6/4), o GDF informou por meio de nota, que espera que a parcela dos professores remanescente em greve retorne ao trabalho. Disse, ainda, que o Sinpro-DF conhece a situação econômico-financeira do DF, "o que impede a concessão de reajuste salarial ou medida que implique no aumento de despesa". Por fim, o governo disse que continua aberto à nova rodada de negociação para discutir propostas já colocadas na mesa.

Até agora, o GDF ofereceu o pagamento de R$ 100 milhões de pecúnias, que segundo o Executivo contemplará a todos os servidores públicos do Distrital Federal, inclusive os professores - que representam cerca de um terço do total.

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