A implantação de incentivos à pesquisa no Distrito Federal está sendo discutida nesta semana. Na tarde desta terça-feira (11/4), o Governo do Distrito Federal (GDF) encaminhou à Câmara Legislativa (CLDF) um projeto de lei que fomenta as bases legais da Política Inova Brasília, regulamentada pelo decreto a ser publicado amanhã (12/4) no Diário Oficial do DF. O secretário adjunto de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Aguiar, ressaltou que o objetivo do decreto é incluir pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação nas estratégias de movimento econômico do DF.
;Historicamente, temos uma economia baseada no Estado ou no setor de serviços (comércio de bens e serviços). O DF não é uma unidade da Federação que tem um parque industrial forte. Ao mesmo tempo, é a que tem a maior renda per capita do país e o maior índice de mestres e doutores", ressalta o secretário. "Temos aqui um enorme potencial de conteúdo para investir e incentivar, que podem se tornar em produtos para a capital. A política vai permitir que o Distrito Federal entre no hall das cidades que tem a ciência e a inovação como pilares da economia.;
Em termos práticos, ela permite que a Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP), que fomenta a pesquisa acadêmica, possa investir em empresas de base tecnológica, como startups, em uma participação societária. Parte dos lucros vindos dessa parceria volta para os cofres da FAP para ser reinvestido em novas empresas. Esse ciclo movimenta a economia da capital, além de promover o desenvolvimento da área científica.
Além disso, serão criados instrumentos para discutir com a sociedade civil as questões científicas e tecnológicas do DF. Como, por exemplo, o Fórum de Sustentação e Inovação, que vai reunir instituições de ensino e pesquisa, empresas na área de tecnologia, representantes do parque tecnológico e associações patronais.
O decreto e a lei fazem parte de um conjunto de ações do governo, juntamente com a implantação do Parque Tecnológico Biotic. A iniciativa pretende criar um centro de inovação privada para desenvolver startups e empresas da área de tecnologia de informação e biotecnologia em um espaço de coworking. Atualmente, ele atende ao datacenter do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. De acordo com Marcelo Aguiar, o governo vai investir R$ 1,2 bilhão.