Cidades

Menino de 11 anos denuncia abusos sexuais e tio é preso

Segundo a Polícia Civil, o menino era abusado há pelo menos um ano. As práticas teriam começando quando ele perguntou ao tio sobre um site pornográfico

Deborah Fortuna
postado em 22/04/2017 10:15
O caso é investigado pela 23ª DP, no Setor P Sul, em Ceilândia
O que começou com um questionamento de um menino de 11 anos acabou em caso de polícia na manhã deste sábado (22/4). Durante um ano, o garoto foi abusado pelo tio de 23 anos, dentro da casa dos avós maternos - onde o homem morava, em Ceilândia, segundo investigação da Polícia Civil. O crime teve início quando o adolescente viu um vídeo na internet, no qual um youtuber fazia uma piada a respeito de um site pornográfico. Curioso a respeito do que se tratava, ele foi perguntar ao tio o que era aquilo. Desde então, o adulto começou a abusar do sobrinho e, de acordo com relato da vítima, os atos se tornaram frequentes.
;Essas relações vinham acontecendo de uma forma reiterada, a criança não soube nem informar quantas vezes ocorreu;, afirmou o delegado-chefe da 23; Delegacia de Polícia (P Sul, Ceilândia), Victor Dan Alencar, que investiga o caso.
Entretanto, também foi por meio da internet que os estupros chegaram ao fim. O menino teria assistido a um vídeo em que alguém orientava que as pessoas revelassem a alguns amigos e parentes próximos, se algo estava lhe incomodando ou entristecendo de alguma forma. Foi com esse conselho que o garoto criou coragem para se abrir com a mãe, e ultrapassar o medo que tinha das represálias do tio.
Ainda segundo o relato, o tio entregava presentes, doces e chocolates para criar um vínculo de confiança com o menino. Com a confissão, ele será recolhido para a carceragem da Delegacia de Polícia Especializada (DPE) e responderá ao crime preso. O garoto foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) e a perícia aguarda o resultado dos laudos para completar as investigações. Também foi apreendida uma roupa da vítima.
Outra tia da vítima e irmã do acusado falou contou, em entrevista ao Correio, que é comum, na família, que os netos passem um tempo na casa dos avós, para brincar. Principalmente aos fins de semana, onde a família se reúne. Por isso, ninguém nunca desconfiou de nada. Como a avó é dona de casa e o avô chega cedo do trabalho, a residência nunca estaria vazia para que houvesse este tipo de situação. ;A gente realmente ficou muito chocado porque, teoricamente, estava todo mundo na casa. Era feito debaixo dos nossos olhos e a gente não via, nem imaginava;, disse.
Apesar de ter confessado o crime à polícia, o suspeito negou as acusações quando foi confrontado pela família. Segundo a família, ele teria entrado em choque no momento em que foi preso. ;Ele não se declarou para a gente, nem se defendeu ou se justificou em momento algum;, terminou. O acusado não tem passagens pela polícia. A investigação da Polícia Civil indica que tenham ocorrido ao menos quatro atos consumados.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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