Cidades

Ciclista atropelado no Gama morre após dois anos em coma

Edimar Gomes Lima, 40 anos, foi enterrado hoje na Asa Sul. Em 2015, ele e duas ciclistas foram atropelados por um carro

Júlia Campos - Especial para o Correio
postado em 27/04/2017 21:27

Em janeiro de 2015, Edimar e outras duas ciclistas foram atingidos por um carro na DF-480O ciclista Edimar Gomes Lima, 40 anos, que estava há dois anos e três meses em coma após ter sido atropelado no trânsito, foi enterrado nesta quinta-feira (27/4), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Ele morreu na noite de ontem no Hospital de Base, após complicações. Em janeiro de 2015, ele e outras duas ciclistas foram atingidos por um carro na DF-480, via que dá acesso ao Gama.

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À época, a Polícia Civil informou que as três pessoas pedalavam na lateral da pista quando foram atingidas por um Kia Cerato preto conduzido por Ronaldo Amaral, então com 18 anos. Ele fugiu do local do acidente, mas capotou o veículo alguns metros à frente. Em seguida, fugiu a pé, deixando o carro para trás. A duas mulheres tiveram ferimentos leves, mas Edimar ficou em estado gravíssimo.

Eliomar Gomes, irmão da vítima, conta que o tempo em que Edimar ficou internado foi de muito sofrimento. "Foi difícil ver ele daquele jeito e não poder fazer nada para tirá-lo daquela situação. A família sempre se revezando no hospital para não deixar ele sozinho, todos nós sofremos;, relembra. Segundo ele, o irmão será lembrado por todos como uma pessoa parceira e prestativa. ;Se perguntar para amigos, parentes e vizinhos, todos vão falar pessoa boa que ele era, nunca dizia um não;, relata.

[SAIBAMAIS]Ronaldo Amaral chegou a se apresentar à polícia dois dias depois do acidente, mas não foi preso até o momento. Segundo Eliomar, o sentimento de impunidade toma conta da família, pois nenhuma audiência foi marcada durante esses mais de dois anos. ;É só parar e comparar. Por que o meu irmão teve que viver todo esse tempo em uma cama de hospital lutando pela vida e ele solto? Não é justo. É muita indignação para a gente. Não paramos de lutar por justiça desde o acidente e não vai ser agora que isso vai acontecer, estamos indignados."

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