Ketheryne Mariz/Diário de Pernambuco
postado em 30/04/2017 12:39
Amigos e familiares dos dois jovens atropelados na madrugada de sábado (29/4), na avenida principal do Jardins Mangueiral, promoveram, na manhã deste domingo (30/4) uma manifestação contra a decisão dos investigadores de registrar a ocorrência como homicídio culposo (quando não há intensão de matar). Fernando Salvador Souza Rodrigues, de 18 anos, atropelou e matou Daniel Barreto Batista, 28 anos, e Douglas Araújo, 21, após ter supostamente roubado o celular de Barreto em uma festa.
[SAIBAMAIS] Cerca de 15 amigos das vítimas compareceram a 6; Delegacia de Polícia (Paranoá), porque, na visão deles, a intenção do jovem autor do atropelamento era clara no momento do crime. Segundo eles, Fernando deveria responder por homicídio doloso (quando há intenção de matar).
Vestidos de branco, os manifestantes estavam indignados e exigiam uma providência dos investigadores. Nathália Costa, 27 anos, é amiga de Daniel Barreto e estava na festa com as vítimas. Ela detalha o que aconteceu momentos antes da tragédia.
"A festa fugiu um pouco do controle de pessoas. Pelo que entendi, Douglas chamou amigos, que chamaram outros amigos. Daniel não conhecia nenhum deles. Cheguei a ver o momento em que eles foram atrás do grupo na intenção de recuperar o celular. Ainda esperei eles voltarem para que arrumássemos a casa. Nunca imaginei que aquelas pessoas que estavam na casa do meu amigo pudessem o matar", contou. Nathália é estudante e cursava direito com Barreto, na Universidade Paulista (Unip).
Nas redes sociais
Daniel, natural do Rio de Janeiro, estava em Brasília há alguns anos, onde veio estudar direito. Estava no sexto semestre e era aluno assíduo na Universidade Paulista (Unip). Era tido por todos como um cara alegre, de bem com a vida e cheios de planos para o futuro. "Barreto era uma companhia incrível. Bem humorado, gostava muito de viver. Não consigo acreditar ainda no que aconteceu", disse uma das amigas do estudante, que pediu anonimato. O corpo do rapaz será velado na capital fluminense, na segunda-feira.
Douglas era mineiro. Fazia parte de projetos sociais, gostava de ajudar os outros, de acordo com amigos que preferiram não se identificar. "Tivemos pouco contato, nos conhecíamos há pouco tempo. Mas era nítido que ele era muito querido onde quer que passasse", disse uma colega de faculdade, que também não quis se identificar. O velório e o sepultamento do jovem ocorrerá em MG.