Protesto
Na manhã deste domingo, um grupo de 15 amigos dos jovens compareceram à 6; DP afim de protestar contra a forma como o boletim de ocorrência foi registrado. Segundo eles, o jeito como Fernando conduzia o veículo e partiu para cima deles com o carro, a intenção era, sem dúvida, matar Daniel e Douglas. Porém, a Polícia Civil do DF investiga o caso como homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Em um depoimento emocionado, uma das testemunhas da tragédia, que estava na mesma festa que Daniel e Douglas, falou ao Correio sobre os momentos que antecederam a tragédia. Por medo de represálias, pediu para não ser identificado:
Depoimento
"O Daniel desceu do carro e começou a conversar com os meninos. No meio da conversa, o Douglas conseguiu identificar que o celular dele estava com um dos meninos e eles começarama ir embora. O Daniel, então, jogou o carro um pouquinho mais para frente e conseguiu conversar. Nesse momento, cerca de uns 10 meninos começaram a bater neles. Eu tirei os meninos de cima do Douglas e coloquei ele de lado. Depois vi que o Daniel também estava apanhando e tirei eles de cima do Daniel e coloquei ele sentado no meio fio, ali no centro do Jardins Mangueiral, naqueles bloquinhos. Na mesma hora, a gente tinha deixado a chave do carro na ignição. Quando o Fernando, o autor do crime, entrou no carro e começou a acelerar. Eu ainda falei ;Daniel, estão levando o seu carro; e ele falou para deixar levar. Quando a gente olhou para cima o carro estava vindo a toda velocidade para cima da gente. Eu consegui desviar e quando olhei, o corpo do Douglas já estava no chão; o do Daniel do outro lado do carro. Quando eu cheguei perto dos dois eu já sabia que eles estavam mortos. Não tinha mais o que fazer. Ainda gritei para chamarem a ambulândia, mas todo saíram correndo, não ficou ninguém. Enquanto a ambulância chegava eu fiquei lá. Quando a ambulância chegou o Daniel ainda tinha pulso. Eles tentaram reanimar eles, mas não conseguiram. Ele devia estar a 170km/h na hora que ele jogou o carro pra cima da gente. Nunca tínhamos visto esse menino. Ele nem estava na festa. Não sabíamos nem se ele que roubou o celular".