Cidades

Feira de artes expõe obras de crianças e adolescentes autistas em Brasília

O evento, denominado Yes, we can (Sim, nós podemos, em inglês) é promovido pelo Instituto Ninar

postado em 01/05/2017 17:49
O evento, denominado Yes, we can (Sim, nós podemos, em inglês) é promovido pelo Instituto Ninar

;Como hoje é o Dia do Trabalho, a ideia é mostrar que os meninos podem trabalhar, ganhar dinheiro e participar de uma atividade;, informou a psicóloga Fabiana Andrade, uma das responsáveis pelo evento. Mesmo quem não tinha algum tipo de arte para mostrar se envolveu com a divulgação do evento e com as vendas durante a feira.

O evento, denominado Yes, we can (Sim, nós podemos, em inglês) é promovido pelo Instituto Ninar, que reúne psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, médicos, nutricionistas e professores de educação física para atender crianças com autismos em Brasília.

Beatriz Fornazari, de 11 anos, vendeu os 20 quadros que levou para expor na feira. ;Estou gostando de vender meus quadros;, disse a menina, que adora pintar. A mãe de Beatriz, Carla Taís Fornazari, afirmou que o evento incentiva o desenvolvimento da filha.

;Além disso, evidencia que eles são capazes, que não é algum tipo de deficiência que vai limitar. Quando são estimulados e trabalhados, desenvolvem como qualquer criança dessa idade;, acrescentou Carla Taís.

Ivan Madeira Safa, 13 anos, também expôs seus desenhos na feira. As gravuras, algumas abstratas, retratam uma das paixões do jovem: a banda de rock Led Zeppelin.

;Gosto muito de música, do Led Zeppelin, The Smiths e dos Beatles;, disse o jovem. Para a mãe dele, Mariana Madeira, além de desenvolver a sociabilidade de Ivan, a feira é uma oportunidade para estimular o que as crianças e adolescentes são capazes de produzir. ;Valoriza eles como pessoas e aponta para alguma alternativa de atividade produtiva.;

Autismo


De acordo com o psicólogo Gustavo Tozzi Martins, do Instituto Ninar, atualmente a maioria dos projetos de apoio aos autistas vem dos próprios familiares.

;Há movimentos muito bem organizados no Brasil, inclusive desenvolvendo projetos de lei e fazendo eventos, mas a iniciativa ou surge de um corpo clínico como este ou puramente dos familiares;, concluiu.

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