Cidades

Depoimento aumenta suspeita de racha em acidente da L4 Sul

Uma testemunha ocular disse que viu a Range Rover e o Jetta emparelhados e em alta velocidade pouco antes do desastre que matou mãe e filho

postado em 03/05/2017 13:20
Segundo o funcionário do DER, o bombeiro e a irmã, Fabiana Albuquerque Oliveira, 37, estavam com hálito etílico e se recusaram a fazer o teste de bafômetro
A partir do depoimento de quatro testemunhas, prestados nesta terça-feira (2/5), surgem mais indícios de que os envolvidos no acidente da L4 Sul, que matou mãe e filho, estariam fazendo "racha". Uma testemunha ocular informou que a Range Rover e o Jetta envolvidos na colisão estavam em altíssima velocidade, o que aparentava ser uma corrida ilegal. O agente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que não teve a identidade revelada, confirmou para a polícia que o bombeiro Noé Albuquerque de Oliveira, 42, só não foi autuado porque fugiu do local, abandonado a Carteira Nacional de Habilitação com ele. Mais quatro testemunhas serão ouvidas nesta quarta-feira (3/5).
Segundo o funcionário do DER ouvido ontem, o bombeiro e a irmã, Fabiana Albuquerque Oliveira, 37, estavam com hálito etílico e se recusaram a fazer o teste de bafômetro. Ele informou também que Fabiana não apresentava outros sinais de embriaguez; por isso, não foi autuada pelo crime previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Noé, porém, estava com os olhos vermelhos, tinha a fala arrastada e "fugiu do local durante o flagrante".
De acordo com uma nota enviada pela Divisão de Comunicação da Polícia Civil, a pessoa que conduzia o Fiat Uno e que é suspeita de dar fuga para Eraldo José Cavalcante Pereira,34, negou a acusação. A última pessoa a ser ouvida, a passageira da Range Rover, manteve a versão dos investigados, negando o racha e o excesso de velocidade.

Ainda segundo a corporação, a testemunha que teria visto a fuga de Eraldo em um Fiat Uno não pôde ser qualificada e a equipe que investiga o caso solicita que ela se apresente à 1; DP (Asa Sul) para prestar outros esclarecimentos. Garantiu ainda que todos os envolvidos estão sendo ouvidos para que o inquérito seja concluído com brevidade.


Entenda o caso

O acidente aconteceu na L4 Sul, próximo à Ponte das Garças, por volta das 19h30 do domingo (30/4). Um dos carros que participava do suposto "racha" teria acertado em cheio o veículo em que estavam Cleusa Maria Cayres, 69 anos, e Ricardo Clemente Cayres, 46, mãe e filho, que morreram na hora. No carro atingido estavam também Osvaldo Clemente Cayres, 72, e Elberton Silva Quintão, 37, que foram socorridos e levados ao Hospital de Base.

O Fiesta vermelho da família foi atingido por um Jetta preto, conduzido pelo advogado Eraldo José Cavalcante Pereira, 34 anos. Outros dois automóveis se envolveram na ocorrência: um Range Rover Evoque, guiado pelo sargento dos bombeiros Noé Albuquerque Oliveira, 42, e um Cruze prata, dirigido por Fabiana de Albuquerque Oliveira, 37. Fabiana e Noé são irmãos, e Eraldo, cunhado dos dois.

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