Cidades

Mulher denuncia assédio sexual em vagão do metrô de Brasília

O caso aconteceu durante o trajeto Taguatinga-Ceilândia, próximo à estação Praça do Relógio, na segunda-feira passada (24/5)

postado em 03/05/2017 16:06
Uma mulher que estava em um trem da Companhia Metropolitana do DF (Metrô/DF) denunciou à Polícia Civil ter sofrido assédio sexual durante o trajeto Taguatinga-Ceilândia, próximo à estação Praça do Relógio, em 24 de abril. De acordo com informações da corporação, por volta das 18h15, a vítima relatou que um homem se aproximou por trás dela e cometeu o abuso. Ela teria se virado imediatamente para o agressor, fazendo com que ele se afastasse. Ainda não se sabe a identidade do homem. O caso é investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).

Outra passageira registrou a ação por meio do celular. No momento em que as mulheres desembarcaram do vagão, o suspeito chegou a segui-las, mas desistiu quando a vítima disse que chamaria os seguranças do Metrô. Segundo elas, o agressor respondeu: "Isso aqui não dá nada mesmo". Ele, então, entrou em outro trem, no sentido oposto ao que vieram, e fugiu.
Na delegacia, os agentes tiraram um print da tela do vídeo em que aparece o suspeitopara ajudar as investigações. Em nota, o Metrô/DF informou que os empregados são orientados a atender as vítimas e a sugerir que elas façam a ocorrência em delegacias. Informou, ainda, que vai apurar se houve falha no atendimento à usuária.

Sobre as ações para garantir a segurança, principalmente de passageiras, a empresa informou que, desde 1; de setembro de 2015, há um vagão exclusivo para mulheres e deficientes durante todo o dia. Para usufruir do direito, os usuários devem utilizar sempre o primeiro carro do trem, o chamado carro líder, localizado logo após a cabine do piloto.


Também foi feita a campanha "Não existem desculpas: assédio sexual é crime" a fim de coibir assédio sexual e orientar as vítimas. O cartaz da campanha, colocado nos trens e nas estações, chama a atenção dos usuários para a importância de se formalizar denúncia ao Corpo de Segurança Operacional (CSO) do Metrô-DF, à polícia ou à Deam.
Em 2016, cinco vítimas relataram assédio no sistema por meio da Ouvidoria. Em 2017, foram duas (uma dessas duas denúncias foi feita por um usuário do sexo masculino, que denunciou a conduta de outro).

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