Otávio Augusto
postado em 10/05/2017 16:58
Três dias após o sistema de prontuários eletrônicos da Secretaria de Saúde sair do ar, a pasta renovou o contrato com a empresa que realiza a manutenção no programa. Desde fevereiro, o acordo estava suspenso. Nesta quarta-feira (10/5), técnicos de informática do governo e da InterSystems tentarão normalizar o serviço e descobrir o que tirou a plataforma do ar.
[SAIBAMAIS]Em 20 dias, o acordo estará formalizado. O ajuste firmado hoje prevê, entre outras coisas, a integração do sistema com o banco de dados. O Executivo local desembolsará R$ 4,9 milhões anuais para a manutenção do sistema. O secretário-adjunto de Gestão em Saúde, Ismael Alexandrino, garante que nenhuma informação foi perdida.
As primeiras falhas no TrakCare começaram em 2 de maio, com uma leve instabilidade. Na última segunda-feira, a pane tirou o sistema do ar e técnicos da pasta não conseguiram fazê-lo funcionar novamente. Segundo o governo, a empresa InterSystems, fornecedora do programa TrakCare, cobrou seis vezes mais para renovar o contrato de manutenção ; o valor passou de R$ 5,6 milhões anuais para R$ 30 milhões. A contraproposta apresentada é de R$ 7 milhões, preço que está sendo negociado, segundo o governo.
A empresa nega a versão da secretaria. Em comunicado oficial, informou que em nenhum momento da negociação foi feita qualquer proposta oficial no valor de R$ 30 milhões para renovação do contrato e que o valor inicial da proposta, na verdade, era de R$ 7.910.198,52 anuais. "A informação sobre o envio de uma proposta com reajuste de valor ;muito acima do que seria viável; não corresponde à realidade. Para estabelecer o valor do novo contrato a empresa tentou uma atualização dos valores utilizando os indicadores INPC e IPCA, mas não obteve sucesso", afirmou o diretor-geral da InterSystems para a América Latina, Carlos Eduardo Nogueira.