Cidades

Tensão entre defesa e MPDFT marca quarto dia de julgamento do caso Nenê

Espera-se ser o último dia do julgamento do empresário Constantino de Oliveira, o Nenê Constantino, e mais cinco réus, pelo assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo da Sousa Brito, 26 anos, em 12 de outubro de 2001

Luiz Calcagno
postado em 11/05/2017 11:08
Espera-se ser o último dia do julgamento do empresário Constantino de Oliveira, o Nenê Constantino, e mais cinco réus, pelo assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo da Sousa Brito, 26 anos, em 12 de outubro de 2001
O promotor de acusação Bernardo de Urbano Resende é o primeiro a falar no que espera-se ser o último dia do julgamento do empresário Constantino de Oliveira, o Nenê Constantino, e mais quatro réus, pelo assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo da Sousa Brito, 26 anos, em 12 de outubro de 2001, em Taguatinga, e por favorecimento de testemunhas. O clima é de tensão entre defesa e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).


Bernardo de Urbano Resende deu início à réplica da explanação da defesa atacando o valor da argumentação dos advogados. O plenário parece exausto no quarto dia de julgamento. Os outros réus são o ex-vereador de Amaralina (GO), Vanderlei Batista, Victor Foresti, genro do fundador da Gol, outro ex-funcionário dele, João Miranda e João Marques, que teria sido contratado para executar a vítima, mas terceirizou o serviço.

Márcio Leonardo tinha 27 anos quando foi executado com três tiros. Ele liderava um grupo de moradores que comprou lotes em uma invasão em um terreno na QI 25 de Taguatinga Norte. O local funcionou anteriormente como garagem da Viação Planeta, e havia sido repassado à empresa União, que pertencia a filhas e genros do empresário.
O julgamento foi suspenso por uma hora, para o almoço. Após o almoço, será a vez da defesa apresentar a tréplica, com mais quatro horas de tempo de fala. Pela manhã, o promotor do MPDFT apresentou o vídeo com o interrogatório de uma das testemunhas confirmando que Vanderlei e Victor tentaram comprá-la e mostrando que, diferentemente da argumentação da defesa, a mulher, identificada apenas como Germina, não foi coagida a fazer a afirmação.

O promotor também rebateu um dos principais documentos apresentados pela réplica da defesa na noite de quarta (11), de que o responsável por puxar o gatilho contra o líder comunitário estaria preso à época do crime. Bernardo de Urbano Resende afirmou que, à época, o acusado tinha direito a progressão de pena e, também, ao saidão, e o crime aconteceu em um feriado.

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