postado em 13/05/2017 17:53
Andar por calçadas em alguns pontos do Distrito Federal pode envolver obstáculos. As passagens são essenciais na manutenção da mobilidade para os pedestres, por isso, foram alvos do projeto Safari Urbano, desenvolvido pela Associação Andar a Pé com alunos e professores do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) e da Universidade de Brasília (UnB). Na manhã deste sábado (13/5), o grupo visitou cinco pontos da área central do Plano Piloto. O resultado da avaliação inicial é que, mesmo com algumas construções e revitalizações recentes, ainda há muito a melhorar nos espaços reservados para pedestres.
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O Safari Urbano percorreu calçadas da Esplanada dos Ministérios, da Rodoviária, dos Setores Comerciais Sul e Norte, da W3 Sul e de algumas quadras residenciais da Asa Sul. A atividade é espelhada no método desenvolvido pela prefeitura de Nova York (EUA), que avaliou os espaços direcionados para pedestres. A ideia é que a qualidade dos passeios seja avaliada segundo a percepção do usuário. De acordo com os organizadores, a capital é uma das pioneiras a usar a técnica. A intenção é expandir o projeto para outras regiões administrativas.
O grupo também avaliou outros aspectos como mobiliário urbano (bancos, lixeiras etc.), semáforos, faixas de pedestres e áreas de sombras. Na Esplanada, o grupo detectou dificuldades em relação ao tempo de passagem de pedestres nos sinais de trânsito. Nos arredores do Museu Nacional, o piso liso se mostra favorável principalmente para cadeirantes, mas não há sombras ou árvores que poderiam facilitar a permanência do pedestre.
No Setor Comercial Sul, apesar de em fase de revitalização, foram detectados pontos de desníveis que dificultam o acesso. Na W3 Sul, a presença de buracos e até a invasão do espaço por comerciantes assusta. Um das organizadoras do Safari Urbano, a professora de arquitetura e urbanismo do UniCeub Ana Paula Borba, avalia que o descuido de determinados pontos tem a ver com o histórico da cidade. "Alguns espaços não são convidativos para o pedestre. Isso é ligado ao fato de Brasília ter sido pensada para os carros, embora o relatório do Plano Piloto negue isso, alegando que foram feitos pilotis e espaços para pedestres. Mas isso era limitado a áreas residências", aponta.
Para mais informações sobre o Safari Urbabo, entre em contato com a Associação Andar a Pé pelo e-mail andarapedf@gmail.com ou pela página do Facebook.
O Safari Urbano percorreu calçadas da Esplanada dos Ministérios, da Rodoviária, dos Setores Comerciais Sul e Norte, da W3 Sul e de algumas quadras residenciais da Asa Sul. A atividade é espelhada no método desenvolvido pela prefeitura de Nova York (EUA), que avaliou os espaços direcionados para pedestres. A ideia é que a qualidade dos passeios seja avaliada segundo a percepção do usuário. De acordo com os organizadores, a capital é uma das pioneiras a usar a técnica. A intenção é expandir o projeto para outras regiões administrativas.
O grupo também avaliou outros aspectos como mobiliário urbano (bancos, lixeiras etc.), semáforos, faixas de pedestres e áreas de sombras. Na Esplanada, o grupo detectou dificuldades em relação ao tempo de passagem de pedestres nos sinais de trânsito. Nos arredores do Museu Nacional, o piso liso se mostra favorável principalmente para cadeirantes, mas não há sombras ou árvores que poderiam facilitar a permanência do pedestre.
No Setor Comercial Sul, apesar de em fase de revitalização, foram detectados pontos de desníveis que dificultam o acesso. Na W3 Sul, a presença de buracos e até a invasão do espaço por comerciantes assusta. Um das organizadoras do Safari Urbano, a professora de arquitetura e urbanismo do UniCeub Ana Paula Borba, avalia que o descuido de determinados pontos tem a ver com o histórico da cidade. "Alguns espaços não são convidativos para o pedestre. Isso é ligado ao fato de Brasília ter sido pensada para os carros, embora o relatório do Plano Piloto negue isso, alegando que foram feitos pilotis e espaços para pedestres. Mas isso era limitado a áreas residências", aponta.
Para mais informações sobre o Safari Urbabo, entre em contato com a Associação Andar a Pé pelo e-mail andarapedf@gmail.com ou pela página do Facebook.
Estudo
Em reportagem publicada no mês passado, o Correio mostrou que um estudo feito pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) mapeou as 20 piores calçadas da área central da capital do país a partir de 300 reclamações recebidas por meio de um aplicativo. Entre os problemas mais comuns estão os buracos. Outras interferências também foram percebidas, como falta de iluminação, relevos acentuados e o mau exemplo de motoristas que insistem em fazer as calcadas de estacionamento.
Segundo o presidente do sindicato, José Roberto Bernasconi, a ideia do estudo é trazer soluções para o problema e sensibilizar a administração pública para a questão. ;Quando a sociedade se conscientiza e se mobiliza, os resultados aparecem. Nosso objetivo é este: a arquitetura e a engenharia brasileiras se colocando à disposição e ajudando para que a conscientização da sociedade aumente;, explica.
Licitação
O processo licitatório para contratar as obras para construção de calçadas em todo o DF está suspenso pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sinesp) informaram que o investimento total deverá ser de R$ 54 milhões e que o processo continuará assim que receberem autorização do tribunal.