Cidades

Adasa suspenderá tarifa de contingência a partir de junho

Anúncio foi feita na tarde desta segunda-feira (15/5). Órgão reforça, no entanto, que a situação ainda é grave

Gabriella Bertoni - Especial para o Correio
postado em 15/05/2017 16:23
Reservatório do Descoberto está com 56,4% da capacidade
A tarifa de contingência será suspensa no Distrito Federal a partir de 1; de junho. O anúncio foi feito pela Agência Reguladora de Água, Energia e Saneamento (Adasa) na tarde desta segunda-feira (15/5). Segundo o órgão, a ação teve a eficácia reduzida diante do racionamento e a população conseguiu poupar água dentro do esperado. O diretor-presidente da agência, Paulo Salles, alertou , no entanto, que a situação ainda é grave. "Ano passado (no mesmo período), tínhamos 89,2% de volume no Descoberto, hoje, são 56,4%", comentou.

Entre setembro de 2016 e fevereiro de 2017, o consumo de água no DF diminuiu 7,7%. Em abril, foram 22,8% de captação a menos de água do Descoberto pela Caesb. No período em que vigorou a cobrança, desde novembro do ano passado, a Caesb arrecadou mais de R$ 40 milhões com a tarifa - de 40% sobre o valor da água para quem consome mais que 10m; e que entrou em vigor em outubro do ano passado, quando o Reservatório do Descoberto chegou a 25%.
Durante o anúncio, foram apresentados dados sobre o sistema hídrico da cidade. Entre 2016 e 2017, o reservatório do Descoberto registrou a maior baixa da história. Uma das medidas estruturantes para ampliar a oferta de água é a obra de captação no Lago Paranoá, com capacidade de captação de 700 litros por segundo.
O dirigente comentou ainda sobre a possibilidade de um segundo dia de rodízio na semana.
"Racionamento não tem graça, prejudica todo mundo. Queremos evitar ao máximo o segundo dia de racionamento. Isso aqui é um trabalho de equilíbrio, usando todo o conhecimento técnico, para tomar uma decisão justa. Levamos em conta a população e os reservatórios."

Monitoramento

[SAIBAMAIS]O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos do DF, uma base de dados da Adasa em fase final de implementação, contará com imagens de monitoramento aéreo, mapas de geoprocessamento, monitoramento remoto e coleta de dados nos locais.
"Quando comparamos os dados com a realidade, podemos observar por exemplo, captação irregular noturna, o que não seria possível sem essa tecnologia", pontuou Salles. Já está em fase final a construção de um aplicativo para anotação de consumo de água, que também alimentará o banco de dados do órgão.


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