Cidades

Grupo de mães se mobiliza para ajudar homem encontrado ferido

Integrantes de um grupo de WhatsApp formado por mães de primeira viagem se mobilizaram para ajudá-lo

Ana Carolina Alves*
postado em 26/05/2017 20:24
Daywison Fernandes foi encontrado machucado
O assunto do grupo de WhatsApp ;Passeios com crianças; passou a ser outro na tarde desta sexta-feira (26/5). Após receberem uma mensagem de que um homem estava perdido e sozinho na 102 Sul, algumas mães do grupo resolveram ajudá-lo.

Carolina Tonelli, 38 anos, recebeu a mensagem de uma amiga e resolveu repassá-la para o grupo das mães. Ela não esperava, no entanto, que algumas das integrantes se mobilizariam para achá-lo. ;Às vezes a gente só repassa a foto e nem sabe se é real. O que as meninas fizeram foi uma ação muito bonita;, comenta.

A mais envolvida foi a professora da UnB Simone Aparecida, 42 anos. Após receber a mensagem pelo aplicativo ela procurou informações no Google e constatou que Daywison Fernandes, 53 anos, estaria desaparecido há 5 meses. Simone foi até a quadra em que a foto foi tirada, mas descobriu que o registro havia sido feito no dia anterior.

Algum tempo depois, por coincidência, uma outra mãe do grupo encontrou o homem sozinho, no meio da rua. As duas então o levaram à delegacia, onde o irmão, Denilson Fernandes, foi buscá-lo. Infelizmente, a situação de Daywison ainda não foi resolvida, pois ele tem lapsos de memória e não trabalha mais.

A professora agora pede ajuda para profissionais, pois o homem se encontra desamparado, sem documentos e debilitado. "Precisamos de profissionais com sensibilidade, ele precisa de acompanhemento para que possa recuperar seus direitos, dignidade e cidadania", solicita Siomone. Ela pede principalmente a ajuda de assistentes sociais, psicólogos e advogados. Interessados em ajudar podem entrar em contato com Simone pelo e-mail: psicosimone@gmail.com.

Reabilitação

Após a publicação da reportagem, familiares de Daywison entraram em contato com o Correio com o objetivo de explicar melhor a situação dele. Segundo eles, vários membros da família já o acolheram e tentaram ajudá-lo a superar o uso abusivo de álcool. No entanto, depois de ficar algum tempo sem beber, Daywison volta a ingerir a substância de forma exagerada e acaba se afastando.

Afirmam ainda que ele é marceneiro, não estava desaparecido, e tem uma quitinete alugada na Asa Norte. Também não têm informações de que ele tenha lapsos de memória. Um dos irmãos chegou a assinar a autorização para a internação de Daywison na clínica de reabilitação em Sobradinho na última sexta-feira, mas no dia seguinte recebeu uma ligação informando que o irmão não queria ficar mais lá e pediu para ser liberado.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer

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