postado em 01/06/2017 10:11
O delegado da Polícia Civil Rodrigo Pereira Larizzati exercerá o cargo de coordenador de plantão da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) I. A decisão saiu no Diário Oficial do DF, na manhã dessa quarta-feira (31/5). Ele é acusado pelo Ministério Público de sonegação de documentos públicos e desobediência ao se negar a instaurar um inquérito para apuração de uma denúncia anônima relativa a um caso de violência sexual contra uma criança e uma adolescente.
Os crimes teriam sido cometidos durante investigações na 33; Delegacia de Polícia (Santa Maria). Além do MPDFT, a denúncia foi feita pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (Ncap). No início da semana, começou a primeira audiência do processo.
Em nota, a Polícia Civil do DF informou que realizou os ajustes administrativos com base no poder discricionário da administração da corporação. O órgão afirmou que Larizzati integrará a equipe de delegados plantonistas da unidade policial, que é composta por cinco investigadores, que se revezam nos plantões.
O Diário Oficial nomeou o delegado Flamarion Vidal também como coordernador de plantão no documento publicado nessa quarta-feira.
Entenda o caso
Em dezembro de 2016, o MP fez a acusação contra o delegado. Segundo o documento, Larizzati não estaria presente na delegacia em 13 de outubro de 2016. Na data, ele teria de atender uma vítima de violência doméstica, mas estaria fora, em campanha à Presidência da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol). De acordo com os promotores, ao tomar tal atitude, Larizzatti incorreu em crime de prevaricação, alega o Ministério Público, pois a iniciativa caracterizaria interesse privado.
Segundo Larizzatti, no entanto, a vítima foi atendida na Seção de Atendimento à Mulher da delegacia, e funcionários tomaram todas as providências necessárias. O delegado confirmou, no entanto, que se ausentou para "participar de uma reunião associativa, assim como inúmeros delegados de polícia, tendo em vista que havia começado o período de sucessão na Adepol e no Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepo)", mas afirmou que a ausência "não impede o andamento regular dos trabalhos".