Jornal Correio Braziliense

Cidades

Empreendedorismo social ganha força e ajuda instituições de caridade do DF

Projetos como o Trufa do Bem, ganham força no Distrito Federal e ajudam instituições de caridade através do empreendedorismo social

Os R$ 3 pagos no chocolate ajudam a deixar a vida de muita gente menos amarga. Pois R$ 1 fica para revendedores que enfrentavam o desemprego, como Ítalo, e R$ 0,20 vai para instituições parceiras, como a Creche Alecrim e a Associação Cristã Santa Clara, que juntas atendem mais de 200 crianças carentes.

Lançada em 15 de maio, 35 mil unidades do doce foram vendidas em apenas 21 dias, gerando cheques de R$ 3.500 para cada uma das duas instituições apoiadas. Já a vida de Ítalo mudou. Em 20 dias ele vendeu 1.500 trufas, e ainda lucrou mais R$ 400 apenas com gorjeta. ;Já deu para alugar minha própria casinha, comprei a prazo geladeira, fogão, celular e agora estou tirando meus documentos de novo;, comemora.

O Trufa do Bem vem mudando a realidade de Ítalo e surgiu de uma cobrança pessoal dos fundadores. Empresário do ramo de tecnologia, Marcelo tinha o desejo de trabalhar com empreendedorismo social, num projeto em que o trabalho dele pudesse ajudar outras pessoas. ;Estudei muito o que queria fazer, até que descobri o conceito de empresas de impacto social e comecei a desenvolver o que hoje é a Trufa do Bem;, conta Marcelo. O empreendedorismo social adotado por Marcelo e Rafael consiste em empresas que, além da busca por lucro, investem em ajuda ao próximo.

Ajuda ao próximo

;Criamos a empresa com consciência de quatro pontos: nossa vontade de colaborar, o amor da população pelo chocolate, o alto índice de desemprego e a vontade do brasileiro em ajudar o próximo;, declara Rafael. Hoje, 20 revendedores participam da ação, grande parte mora na Estrutural. Muitos perderam o emprego após o anúncio da desativação do Lixão. ;Estamos abertos a novas pessoas que querem empreender, independentemente da cidade, idade ou gênero. Ao entrar para o grupo, eles ganham 200 trufas, o lucro chega a R$ 600 (fora gorjetas). A partir daí, eles começam a ter um montante para movimentar e ampliar a renda;, garante Rafael.

Os principais pontos de venda dos revendedores do Trufa do Bem são bares, restaurantes e eventos a céu aberto na área central de Brasília. ;Nós fizemos um mapeamento dos melhores pontos de venda para não gerar prejuízo aos nossos colaboradores. Como costumamos falar, você compra uma trufa de chocolate e dá vários abraços de solidariedade;, destaca Marcelo.

Para participar desta rede de solidariedade como revendedor, colaborador ou cliente, acesse http://trufadobem.com.br

"Estudei muito o que queria fazer, até que descobri o conceito de empresas de impacto social e comecei a desenvolver o Trufa do Bem;
Marcelo Braconi, empresário

"Estamos abertos a novas pessoas que querem empreender, independentemente da cidade, idade ou gênero;
Rafael Braconi, empresário