Cidades

Sequestro de bebê no Hospital Regional da Asa Norte causa comoção

Pacientes e visitantes da unidade de saúde questionam a atuação das autoridades para prevenir o rapto e lamentam a crueldade do crime. O sequestro do bebê é assunto mais falado em grupo de mensagens dos funcionários do hospital

Luiz Calcagno
postado em 07/06/2017 06:40
Fachada do Hospital Regional da Asa Norte: mães e pacientes que comentaram o assunto com a reportagem demonstraram medo, pena e revolta
O desaparecimento de um recém-nascido do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), nessa terça-feira (6/5), causou comoção entre pacientes e visitantes que passaram pela unidade de saúde. A Divisão de Repressão ao Sequestro (DRS) da Polícia Civil investiga o caso. A ordem para os funcionários é não comentarem o caso. Sem se identificar, uma pessoa da administração contou que o sequestro da criança é o assunto mais falado em grupos de WhatsApp de quem trabalha na unidade de saúde.


[SAIBAMAIS]Um segurança, que também pediu anonimato, disse que os funcionários das portarias não ficaram sabendo de nada em detalhes. Mães e pacientes que comentaram o assunto com a reportagem demonstraram medo, pena e revolta. Alguns ouviram de outros funcionários que o bebê tinha sido devolvido, mas, depois, souberam que era apenas boato.

Moradores da Estrutural, a dona de casa Antônia Leite, 36 anos, e o marido Antônio Marques de Sousa, 42, levaram os dois filhos à unidade na tarde de ontem. Ao comentar o caso, eles demonstraram incredulidade. ;Não sei como as autoridades não trabalharam para prevenir isso;, comentou o homem. ;A gente pensa logo nos nossos filhos. Eu não queria ser essa mãe. A chegada de um bebê é um momento de grande alegria. Como alguém arranca isso da gente;, questionou a mulher.

Sequestro
Sara Maria da Silva tem 19 anos e teve a bebê em uma unidade básica de saúde na Estrutural, em 25 de maio. A criança estava internada há 12 dias no hospital, em um alojamento na enfermaria, no segundo andar, com vários outros bebês. Ele teria sido levado por uma mulher loira que carregava duas bolsas, uma azul e uma cinza. A menina foi levada ainda com o acesso venoso.

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